“Vivemos e trabalhamos para atender a comunidade”, diz pró-reitor do IFPR
Adequação da carga horária, abertura de novos cursos de graduação, implantação de políticas de permanência dos alunos, ampliação do espaço físico, intensificação de ações de comunicação e outros investimentos.
Esses foram alguns dos assuntos discutidos durante a audiência pública realizada ontem no Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus de Paranavaí.
Estudantes, professores e outras categorias de servidores e representantes de diferentes órgãos e entidades da sociedade civil participaram do evento. Puderam conhecer detalhes sobre a estrutura do IFPR, as condições de ensino e as iniciativas de pesquisa e interação com a comunidade externa. Também tiraram dúvidas e fizeram sugestões.
O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Educacional, Paulo Tetuo Yamamoto, iniciou o pronunciamento relembrando o início das atividades do IFPR em Paranavaí. O primeiro concurso para contratação de pessoal foi em 2009, e as aulas começaram no ano seguinte. De lá para cá, destacou, muitos avanços aconteceram.
Yamamoto informou que este é o terceiro Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) elaborado pelo IFPR. A realização da audiência pública para aprimorar o documento é a prova de que o processo é transparente e democrático, com ampla participação popular. “Vivemos e trabalhamos para atender a comunidade”.
O pró-reitor explicou como se dará a construção do PDI, a partir de alguns temas considerados prioritários, entre os quais, políticas acadêmicas e de gestão, infraestrutura e relacionamento com a comunidade. O objetivo é que as propostas para os próximos cinco anos sejam arrojadas e inovadoras, desde que a execução seja possível.
A escassez de recursos financeiros pode se tornar um fator de complicação. Para se ter uma ideia, a construção de passarelas interligando os blocos do campus de Paranavaí está na lista de prioridades para a melhoria da estrutura física. Reivindicação antiga da comunidade interna do IFPR, ainda não foi iniciada porque a instituição de ensino não dispõe do dinheiro necessário.
Para iniciar novos cursos de graduação seria preciso contratar mais professores e ampliar o quadro de servidores. Isso também requer a aplicação de verbas. Outras questões, como a adequação de carga horária e a política de permanência dos alunos no campus dependem de estudos de viabilidade e de outras avaliações administrativas e pedagógicas.
Da mesma maneira que as discussões levantadas durante a audiência pública, outras sugestões deverão compor o PDI. Segundo o diretor do campus de Paranavaí, José Barbosa Dias Junior, mais de 700 alunos e mais de 100 pessoas da comunidade externa foram ouvidos previamente para que se manifestassem sobre o desenvolvimento institucional.
Ele explicou que o PDI irá “nortear as demandas do IFPR e ajudar a construir o campus que queremos”. Para isso, disse o diretor, será importante buscar apoio no sentido de conseguir recursos para a contratação de mais professores, técnicos e servidores, a abertura de novos cursos e a construção de mais salas de aulas. Atualmente, o campus de Paranavaí atende alunos de 30 municípios da região.
O diretor de Desenvolvimento Institucional do IFPR, Luiz Geraldo Nardelli, informou aos presentes na audiência pública que a elaboração do PDI é uma exigência legal feita pelo Ministério da Educação (MEC). Mas, mais do que isso, disse, é o documento que vai direcionar a comunidade acadêmica quanto “ao que queremos e aonde queremos chegar”.
A secretária municipal de Educação, Adélia Paixão, ressaltou a importância do IFPR para o contexto educacional. “É uma instituição essencial e com uma grandiosidade para toda a região”. Ela destacou as parcerias firmadas entre a Administração Municipal e o IFPR para exemplificar a atuação dentro da comunidade.
Cabe destacar que o PDI anterior, com validade durante o período de 2014 a 2018, teve quase a totalidade das propostas colocadas em prática. Só para citar um exemplo, dos cursos planejados para os cinco anos em questão, apenas um mestrado na área de alimentos não foi implantado. Isso representa 92% de aplicação das propostas.