Os desenhos do jovem Pedro Mirabete

Estudante do 9º ano da Escola Estadual Curitiba, de Paranavaí, Pedro Francisco Mirabete, de 15 anos, descobriu cedo o prazer em desenhar. Na quinta série do ensino fundamental, já desenhava com bastante frequência e, claro, chamava a atenção pela qualidade dos rascunhos.
A vontade de se aperfeiçoar o motivou a buscar referências na internet, inclusive em canais do YouTube. Depois, em 2016, Pedro ingressou na oficina de desenho da Fundação Cultural de Paranavaí, na Casa da Cultura Carlos Drummond de Andrade, onde, ao longo de dois anos, e uma vez por semana, participou das aulas do professor Kreslen Matsumoto.
“Na Escola, ele desenhava nos amigos, criando desenhos como se fossem tatuagens”, conta o pai Mário Sérgio Mirabete, explicando que esse foi o motivo pelo qual decidiram aproveitar o interesse de Pedro para matriculá-lo em uma oficina de desenho.
O estudante começou desenhando rostos e faces, até que com o tempo optou por criar personagens. “Fiquei em segundo lugar em dois concursos realizados em Paranavaí”, revela.
No “Concurso Cultural Álcool e outras drogas#tôfora”, realizado pelo Núcleo Regional de Educação de Paranavaí, Pedro Mirabete se destacou pela criação de um gibi de conscientização sobre os malefícios das drogas.
Além da satisfação, desenhar ajudou Pedro a lidar com a ansiedade e a melhorar a capacidade de concentração durante as aulas. Hoje o estudante reconhece que tem inúmeros motivos para seguir em frente e, provavelmente, o maior deles é o seu talento que vem sendo lapidado ano a ano, e pela sua própria vontade.
“Meu pai me apoia bastante. Corre atrás de tudo praticamente”, garante Pedro Mirabete, que demonstra boas habilidades para, quem sabe, trilhar até mesmo um caminho de profissionalização em animação. Afinal, os seus desenhos já parecem carregados de vida. (Por David Arioch, da Fundação Cultural)