Postos de Paranavaí não vendem gasolina “formulada”, informa o Procon
Postos de Paranavaí não vendem a chamada gasolina “formulada”, aquela à base de solventes e que se assemelha à gasolina comum, derivada de petróleo. Pelo menos é o que garantem nove empresas entre as 24 consultadas pelo Procon.
O coordenador do Procon de Paranavaí, Carlos Eduardo Balliana, diz que o ofício enviado aos empresários do setor não estipula prazo de resposta, apenas solicita as informações. Significa que o órgão de defesa do consumidor fará somente uma análise, sem qualquer indício para averiguação.
Balliana adverte que vender a gasolina “formulada” não constitui qualquer delito, pois está autorizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), no entanto, é preciso informar ao proprietário do veículo porque o produto deve ter preço diferente da gasolina comum.
Segundo os estudos, a “formulada” tem rendimento 15% inferior e, portanto, deve ter também redução no valor.
Balliana comentou ainda sobre o teor das respostas dadas pelos postos. No geral, disseram que as distribuidoras não fazem distinção sobre tal produto. Apenas fazem menção à gasolina comum e aditivada. Portanto, não existe a “formulada”.
Sobre as diferenças de preços existentes atualmente no mercado, o coordenador do Procon entende que se trata da variação por causa das bandeiras. Muitos postos trabalham sem bandeiras e optam pela compra a partir do menor preço. Já as “grifes” são exclusivas, trabalhando a partir das suas planilhas (custos, etc.).
A chamada “formulada” é feita da combinação de cerca de 200 solventes e se aproxima da composição molecular da gasolina comum, derivada de petróleo.
NOTA – Diante do debate sobre a composição da gasolina, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) emitiu uma nota recentemente, respondendo uma série de questões.
Diz a nota: Toda a gasolina produzida no Brasil, assim como em outros países, é formulada.
A gasolina é uma mistura de correntes de hidrocarbonetos que pode ser obtida por diferentes processos. Pode ser feita por refinaria ou por outros agentes econômicos autorizados pela ANP, como formuladores e centrais petroquímicas.
A mistura mecânica de correntes realizada por esses agentes para que a gasolina produzida atinja os padrões determinados pela ANP é chamada de formulação.
Desde que a gasolina atenda às especificações estabelecidas pela ANP, a origem da sua produção não interfere na qualidade do produto, além de não causar danos ao funcionamento dos veículos.
A ANP atua para garantir que os combustíveis produzidos no Brasil atendam a padrões internacionais de qualidade. De acordo com os resultados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, 98,5% das amostras coletadas pela ANP em 2017 estavam dentro das especificações exigidas.
A Agência realizou mais de 20 mil ações de fiscalização em 2017 e apenas 1,6% dessas ações resultaram em autuações por problemas de qualidade dos combustíveis. A Agência está atenta às demandas da sociedade.
Dúvidas ou denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis devem ser encaminhadas para o Centro de Relacionamento com o Consumidor (CRC) pelo 0800.970.0267 ou, no Fale Conosco do portal ANP.