Período de chuvas e calor aumentam risco de infestação pelo Aedes aegypti

Depois de alguns dias de chuvas, temperaturas chegando perto dos 30 graus centígrados. Os dois elementos combinados podem agravar uma situação preocupante para os municípios do Noroeste do Paraná: a proliferação do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Chefe regional de Vigilância Sanitária, Nilce Casado explicou que a maneira de evitar que os índices de infestação pelo mosquito cresçam é não deixar água acumulada em recipientes. Por isso, fundamental que os moradores verifiquem frequentemente os quintais, fazendo a limpeza sempre que necessário.
A orientação também vale para imóveis comerciais, onde os cuidados não devem ser diferentes: monitorar calhas, climatizadores, caixas d’água e outros reservatórios. O descarte irregular de lixo em terrenos baldios, margens de estradas e fundos de vale é outro hábito que precisa acabar.
CASOS – Dados preliminares da 14ª Regional de Saúde mostram que já foram notificados 205 casos suspeitos de dengue em todo o Noroeste do Paraná. Desse total, cinco tiveram resultados positivos, 137 foram negativos e 63 ainda estão sendo analisados em laboratório.
Na semana passada, tinham sido contabilizados seis casos positivos da doença na região. Depois de investigação mais criteriosa, descobriu-se que uma das pacientes não estava com dengue, apesar dos sintomas indicarem a presença do vírus.
INFESTAÇÃO – O índice de infestação pelo Aedes aegypti é um fator que precisa ser considerado quando se trata de combate ao mosquito. O Ministério da Saúde recomenda que não ultrapasse 1%, mas apenas um município do Noroeste do Paraná apresentou percentual menor: Jardim Olinda, com 0,5%.
A situação se mostra mais complicada em Amaporã, com 12,87%. Em Diamante do Norte, o índice é de 7%. Em Loanda, 6,9%. Em São João do Caiuá, 5,7%. Cruzeiro do Sul, Inajá, Itaúna do Sul, Nova Aliança do Ivaí, Planaltina do Paraná, Porto Rico, Querência do Norte e Santo Antônio do Caiuá têm mais de 4% cada.
A grande quantidade de mosquitos expõe a população ao risco de epidemia. É que se houver circulação do vírus, a transmissão poderá ocorrer de maneira rápida. O mesmo pode acontecer em relação às outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.