Índice de 2,5% aponta médio risco de infestação do Aedes aegypti em Paranavaí

O primeiro Lira (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) de 2018 em Paranavaí revelou uma preocupação: o percentual subiu de 0,6 (baixo risco) em outubro de 2017, para 2,5 (médio risco) nos primeiros doze dias deste ano. Significa que as possibilidades de proliferação são quatro vezes maior.
O Aedes aegypti é responsável pela transmissão de algumas doenças, entre as quais, dengue, chikungunya, zika e febre amarela. O resultado divulgado ontem mostra que a cada 1.000 imóveis vistoriados, 25 tinham focos do mosquito. O número ficou duas vezes e meia acima do máximo tolerável pelo Ministério da Saúde, que é de 1%.
“Para o levantamento, nós dividimos a cidade em cinco setores de fiscalização. Todos estão com médio índice de infestação", explica diretora da Vigilância em Saúde, Verônica Gardin. Segundo ela, foram inspecionados 2.266 imóveis nas cinco regiões pré-determinadas, entre segunda-feira (8) e ontem.
Os bairros com maior índice de infestação são: Vila Operária e Santos Dumont, com índice de 3,1%, seguidos do Centro (2,8%), Jardim São Jorge (2,6%) e Sumaré (2,1%). A área com menor índice é a do Jardim Ouro Branco, com índice de 1,8%.
Entre os locais onde foram encontrados criadouros de larvas do Aedes aegypti, o maior percentual (35%) está no lixo descartado nos terrenos, por exemplo, entulhos de construção, sucata, ferro velho, plásticos e garrafas.
Em seguida vêm os recipientes e o lixo nos quintais das casas (33,3%): vasos, bebedouros de animais, calhas, vasos sanitários abertos, brinquedos. Em terceiro lugar estão os reservatórios que acumulam água em nível de solo (16,7%), entre os quais baldes e barris que os moradores usam para captar águas das chuvas.
“A prática de acumular água das chuvas para lavar calçadas e outras ações está colaborando para o mosquito depositar os ovos, e as larvas se proliferarem rapidamente. Neste período de intenso calor e chuvas constantes, é preciso redobrar os cuidados”, alerta o assessor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho.
Em 2017, foram confirmados 25 casos de dengue e três de chikungunya em Paranavaí. Neste ano, por enquanto, não houve confirmação de paciente com uma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. (Ass. Imp. Prefeitura de Paranavaí)