SCPC teve mais de 16 mil inclusões em 2017
Durante o ano de 2017, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), em Paranavaí, incluiu no cadastro 16.209 contas não pagas por pessoas que fizeram compras no comércio local. Isso representa R$ 5.234,052,19 que deixaram de retornar para as empresas durante os doze meses.
O total de pessoas incluídas é menor, já que a maioria dos devedores tem mais de uma conta pendente, confirma o gerente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), Carlos Henrique Scarabelli (Kaká), que divulgou os números a pedido do Diário do Noroeste.
Os dados também não levam em conta grandes lojas de departamento, que fazem inclusões e exclusões diretamente no sistema nacional.
Ainda de acordo com o levantamento do SCPC, houve 11.358 exclusões, isto é, pessoas que quitaram o compromisso financeiro ao longo do ano. Retornaram para as empresas R$ 2.426.906,77 por causa da recuperação do crédito.
Conforme levantamento da Aciap, o número de inclusões caiu 3% em relação ao ano anterior. Em 2016 foram 16.680 registros. O número de pessoas que recuperaram o crédito também foi menor. De acordo com o levantamento, foram 12.040 exclusões do cadastro no ano de 2016.
Em valores, o total incluído no banco de dados cresceu 3,5%, pois em 2016 foram R$ 5.050.658,00 que deixaram de entrar nos caixas das empresas associadas e que usam o banco de dados.
Também o volume de dinheiro, resultante das exclusões, foi menor, caindo 9%. Em 2016 retornaram R$ 2.683.991,88, frutos da exclusão de nomes no cadastro de pessoas com dívidas pendentes.
O SCPC não dispõe dos números absolutos de pessoas cadastradas e nem o montante financeiro que representam os calotes somados. A apuração depende de levantamento por cidade a ser feito pelo SCPC Brasil.
Scarabelli reitera que o volume de dinheiro e de pessoas incluídas no cadastro de devedores é muito representativo. Para resgatar parte desses devedores, a Aciap deve fazer no mês de março uma campanha de recuperação de crédito, nos mesmos moldes de uma realizada em setembro último.
Para a campanha, em parceria com o Procon, as lojas são chamadas a criar condições especiais, com desconto de juros e multas. É um bom negócio para ambas as partes, opina.