Região acumula 680 casos de HIV/Aids. Paranavaí tem maior número de pacientes
A 14ª Regional de Saúde divulgou ontem, a pedido do Diário do Noroeste, o levantamento atualizado dos casos de HIV/Aids nos 28 municípios integrantes da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense). O acumulado, desde os primeiros casos em 1988, é de 680 pacientes diagnosticados.
Paranavaí, a maior cidade, lidera as estatísticas com 306 pessoas infectadas, sendo 11 apenas em 2017. Em 2016 e 2015 foram registrados 28 casos em Paranavaí, mesmo número do acumulado nas 28 cidades no ano passado (2017).
Loanda, a segunda em termos de confirmações, tem 72 pacientes com HIV/Aids. Nos últimos dois anos foram quatro casos em cada período.
A cidade com menor número de pacientes é São Pedro do Paraná. Até o momento o município tem apenas um registro, datado do ano de 2012. Inajá, Itaúna do Sul e Jardim Olinda têm acumulados dois registros cada, nenhum em 2017.
Os índices totais da região em 2017 revelam que é o menor número de casos de HIV/Aids desde 2011, quando 23 pacientes foram diagnosticados com o vírus. A série histórica, desde 1998, mostra que 2009 foi o ano com o menor número de casos, totalizando 21.
POLÍTICA – Esses números acontecem num período em que a política pública de saúde está voltada para o diagnóstico precoce. Em Paranavaí, para fazer o teste rápido, os interessados devem procurar o Sistema Integrado de Atendimento em Saúde (Sinas).
O atendimento no Sinas é das 7h30 às 11h15 e das 13h30 às 15h15, de segunda a sexta-feira. Para fazer o exame é preciso levar um documento de identidade com foto. Menores de 18 anos devem estar acompanhados pelo responsável. O teste é disponibilizado para adolescentes a partir dos 12 anos.
O teste abrange, além de HIV, a sífilis e a hepatite B, chamadas ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Resultado sai entre 15 e 25 minutos. Se positivo, o paciente é encaminhado para consulta médica. O Sinas está localizado na Avenida Rio Grande do Norte, 1.840.
HIV E AIDS – Integrante da Vigilância em Saúde da Regional, Maria da Penha Francisco, explicou recentemente que um paciente com a presença do HIV no organismo pode não apresentar os sintomas da Aids. É que o vírus demora alguns anos para começar a comprometer o sistema imunológico e dar os primeiros sinais da doença.
Por isso, todos os pacientes com exames positivos precisam fazer o tratamento, ainda que o HIV não tenha se manifestado. Pode e deve ser combatido com os devidos medicamentos. Isso reduz os sintomas da doença e prolonga a expectativa de vida, detalha.
Outro fator apontado diz respeito à transmissão do vírus. O paciente que faz o tratamento correto tem menor chance de infectar outras pessoas, já que a carga de HIV no organismo diminui.
A melhor forma de controle continua sendo a prevenção. No caso das relações sexuais, o uso de camisinha é indispensável, mesmo para quem é portador do vírus. Outra dica importante é nunca compartilhar agulhas ou seringas.
As campanhas do Ministério da Saúde e da estrutura pública em todos os níveis estão focadas na realização do teste rápido. Entendimento é que a pessoa, ao ter acesso à sorologia, deixa de transmitir para outros por desconhecimento.