Fique atento na hora de pagar as contas extras de janeiro
As contas de início do ano são previstas, pois se repetem a cada janeiro. Mas nem sempre “pegam” as pessoas prevenidas. Então, a saída é fazer malabarismos para honrar os compromissos sem se endividar ou comprometer o orçamento mensal.
Pensando nisso, a reportagem do Diário do Noroeste conversou ontem com o presidente do Sindicato dos Contabilistas de Paranavaí – Sincopar, Devanir Antonio Zanatta. Ele deu algumas orientações sobre a melhor maneira de ficar em dia com as despesas.
Como destaca, é vantajoso pagar à vista impostos como IPTU e IPVA, aproveitando os descontos. Ele lembra que as aplicações financeiras rendem menos do que os descontos, que podem chegar a 10%.
Por outro lado, é preciso comparar preços e descontos. A lista de material escolar, por exemplo, pode ficar mais bem barata com pagamento à vista. Muitas vezes, o desconto é maior do que o ofertado nos impostos.
Neste caso, compensa parcelar ou adiar o compromisso cujo desconto se mostre menos vantajoso. Alerta importante é que alguns impostos têm correção monetária diária.
Recorrer a financiamentos só em caso de o juro sobre a despesa ser maior do que a taxa cobrada pelo dinheiro tomado em empréstimo.
O uso do cartão de crédito deve ser feito de forma moderada. Zanatta alerta que nenhum compromisso a pagar tem taxas de juros maiores do que as dos cartões de crédito. Ou seja: não é vantajoso quitar outras despesas e deixar o cartão.
O ideal é pensar antes de fazer a compra e, uma vez concretizada, o valor da fatura deve ser integralmente quitado. Pagar apenas o mínimo a cada mês leva o titular a uma dívida que em pouco tempo pode se tornar impagável.
O orçamento familiar deve levar em conta também as despesas fixas, tais como manutenção da casa e mensalidade escolar, além da taxa de matrícula, que incide no orçamento do final e do começo do ano.
O melhor cenário é fazer uma provisão mensal o ano todo, já pensando nas despesas “extras” a partir de janeiro, avalia o presidente. Mas, na impossibilidade, a pessoa deve se planejar no curto prazo, organizando os pagamentos por ordem de necessidade e vantagens oferecidas. Acumular dívida parcelada não é recomendável, pois compromete o orçamento por um período muito longo.