Número de casos cai pelo terceiro ano consecutivo
Pelo terceiro ano consecutivo, o número de pessoas que contraíram dengue caiu na região de Paranavaí. Durante os 12 meses de 2017 foram 78 pacientes diagnosticados com a doença nos 28 municípios de abrangência da Amunpar – Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (relatório fechado em 21 de dezembro). Um contraste em relação a 2015, quando 4.130 pessoas tiveram dengue.
O volume de pacientes foi grande também em 2014, totalizando 4.099 pessoas. Caiu de forma significativa em 2016, com 497 casos registrados. A queda seguiu no ano passado, com o total de pacientes positivados (78) representando apenas 15,69% da incidência no período anterior.
Também chama a atenção neste ano o número de casos negativos. Foram 1.193 descartados do total de 1.328 casos classificados como suspeitos. Isso representa 89,83%.
PARANAVAÍ – No período encerrado no último domingo a 14ª Regional de Saúde registrou 24 casos positivos de dengue em Paranavaí, descartando outros 581 suspeitos. Com isso, a cidade também confirma a terceira queda consecutiva no volume de pacientes.
Em 2015 foram 348 pessoas com a doença, número que caiu para 134 em 2016. Agora, queda ainda mais acentuada. O volume de pacientes com dengue em 2017 representa apenas 17,9% na comparação com o ano anterior.
A exemplo do que ocorreu em toda a região, foi grande o número de casos suspeitos, descartados em exames do Lacen – Laboratório Central do Estado. Somente 3,94% dos casos suspeitos deram positivos.
Em recente entrevista ao Diário do Noroeste, a chefe da Vigilância Sanitária, Nilce Casado, falava da preocupação com o alto índice de negativos. Ela lembrou que nesses casos os pacientes apresentam os sintomas da doença, mas depois a presença do vírus é descartada em exame.
A situação pode revelar outro problema: a circulação de um vírus não detectado, de zika ou febre chikungunya, por exemplo. São doenças de efeitos mais prolongados e que podem comprometer a qualidade de vida. Ela destacou ainda na época que a Secretaria de Estado da Saúde – Sesa, tem buscado formas de identificar os vírus circulantes.
CUIDADOS – Independentemente do volume de casos, o vírus da dengue continua circulando. Significa que a população deve manter os cuidados para barrar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika vírus e febre chikungunya.
O cuidado básico consiste na eliminação de água parada em qualquer quantidade. O transmissor precisa de água para procriar. Uma das formas de evitar água parada é eliminar lixões e verificar periodicamente os bebedouros de animais.
A cidade de Paranavaí vive problema crônico com a formação de lixões clandestinos. Para combater, é preciso conscientização das pessoas e fiscalização por parte da comunidade.