Suspeito de matar pai e filha estava em regime semiaberto
O homem de 28 anos, suspeito de assassinar a tiros pai e filha no Jardim Morumbi, em Paranavaí, no dia 2 deste mês, estava cumprindo pena por homicídio em regime semiaberto e usava tornozeleira eletrônica.
A confirmação foi feita ao Diário do Noroeste pelo delegado da 8ª Subdivisão policial de Paranavaí, Vagner dos Santos Malaquias. O suspeito foi preso em Santa Catarina na última terça-feira.
A Polícia começou a desvendar o bárbaro crime depois de denúncias anônimas dando conta de que o autor seria uma pessoa conhecida como Bob Marley. A partir daí, os policiais fizeram diversas diligências, chegando até o suspeito, cita o delegado.
Malaquias informa que a motivação ainda é desconhecida, mas acredita tratar-se de acerto de contas. O que originou o “acerto” é algo ainda a ser investigado. No bairro, populares falam que seria uma resposta a uma confusão num bar dias antes.
Nesta linha, a criança teria sido morta “por engano”, já que o alvo era apenas o pai. Aliás, o pai da criança também teve problemas com a justiça e estava preso até maio desde ano.
O mandado de prisão contra o acusado do crime, cumprido anteontem em Garopaba, litoral Sul de Santa Catarina, determina o recolhimento por 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
Neste tempo, o delegado espera encerrar o inquérito e representar pela prisão preventiva para que o suspeito responda todo o processo encarcerado, à disposição da justiça.
Não há, até o momento, qualquer indício que aponte para a participação de outras pessoas. O detido será transferido para Paranavaí provavelmente na semana que vem, quando uma equipe da Polícia Civil estará em Santa Catarina para fazer a escolta.
Como informou um policial de Garopaba ao DN anteontem, o detido não fez qualquer declaração. É comum nestes casos o interrogatório ser feito apenas na cidade onde acontece a investigação.
A DINÂMICA DO CRIME – O duplo assassinato ocorrido no dia 02 de novembro vitimou o pai, 27 anos, e também uma menina de apenas 4 anos. Por isso, houve comoção, especialmente no bairro onde moravam.
A única testemunha do crime relatou que estava na cozinha quando o acusado entrou perguntando pelo marido. A mulher apontou a direção do quarto e o assassino se dirigiu até o cômodo, fazendo vários disparos de arma de fogo.
A mulher correu para se proteger assim que o assassino foi embora, entrou na casa e encontrou o marido caminhando em direção à rua e com ferimento no pescoço. Ao se dirigir até o quarto, a mulher encontrou a filha baleada. A criança foi socorrida, mas morreu na Santa Casa de Paranavaí.