Família não sabe quando corpo de Ivanice chega ao Brasil

A família não tinha até a tarde de ontem informações sobre quando o corpo de Ivanice Carvalho da Costa chegará ao Brasil. Funcionária de uma lanchonete no Aeroporto, a brasileira de 36 anos foi morta em Portugal numa ação da polícia de Lisboa durante a madrugada de 15 de novembro.
A ideia é fazer o velório e o sepultamento em Amaporã (a 39 km de Paranavaí), cidade de origem e onde moram seus familiares.
Conforme divulgação da imprensa nacional e confirmação de familiares, a empresa onde a vítima trabalhava vai custear as despesas de translado do corpo. Esta era uma preocupação da família, como externou em entrevista ao DN anteontem, a irmã mais jovem, Iasmin Carvalho da Costa, 22 anos.
Iasmin disse que ainda não havia até ontem informações sobre datas para o translado e chegada do corpo ao Brasil. Confirmou que uma tia, também moradora em Portugal para onde foi com Ivanice há 17 anos, está cuidando dos detalhes e passando as informações aos familiares no Paraná. Além de Iasmin, a vítima deixa outros dois irmãos e os pais, lavradores há muito estabelecidos em Amaporã.
REPERCUSSÃO – A tragédia que vitimou Ivanice foi destaque na imprensa brasileira e continua repercutindo, inclusive nas redes sociais.
No site do DN, por exemplo, pessoas comentaram a informação. Uma ex-colega de escola destacou a simplicidade e o companheirismo de Ivanice. Outros protestaram, entendendo que a polícia portuguesa deve ser responsabilizada pela morte e indenizar a família.
Outro quesito que chama a atenção é a identificação do homem que dirigia o carro, que teria tentado furar um bloqueio policial. Trata-se do companheiro da vítima, como confirmaram familiares. Ele foi preso, de acordo com a imprensa portuguesa, acusado de direção perigosa e resistência, além de dirigir sem habilitação.
Aliás, a falta de habilitação teria sido o motivo para que tentasse fugir do cerco policial, montado por causa de uma explosão a caixa eletrônico. Nesta versão, as características do carro em que viajava com Ivanice, coincidiam com as do veículo usado pelos assaltantes.
De acordo com a imprensa portuguesa, o carro apresentava pelo menos 20 perfurações a bala. A vítima morreu com um tiro no pescoço e não houve tempo de ser socorrida. A Polícia trata do caso como morte por engano.
A notícia do falecimento chocou a população de Amaporã e trouxe um grande abalo à família. Durante o tempo em que residiu em Portugal, Ivanice visitou a família duas vezes em Amaporã, a última há dez anos. Tinha planos de levar os pais para um passeio em Portugal.