Gehlen fala de seus planos para sua nova gestão à frente da Aciap

Nesta segunda-feira (13), o empresário Maurício Gehlen será eleito o novo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), já que apenas uma chapa se inscreveu para o pleito.
A eleição será por aclamação e será a primeira depois das alterações estatutárias que, entre outras novidades, ampliou a gestão de dois para três anos e criou vice-presidências exclusivas para cada assunto de interesse da entidade.
Gehlen já ocupou o cargo anteriormente na entidade classista. Ele foi presidente da Associação Comercial nas gestões de 2000 a 2002 e de 2004 a 2006.
Lembrando que nas últimas gestões enfrentou um período de dificuldades econômicas que desaqueceu a economia, Gehlen disse que o país começa a dar sinais de recuperação e a Aciap tem que acompanhar esta recuperação.
“Temos que voltar a ser grande, ter uma forte representatividade na cidade e no Estado, voltar a participar com força das principais convenções empresariais do Paraná”.
Diz que, através dele, a entidade ocupou a vice-presidência de responsabilidade social da Federação das Associações Comerciais, Industriais e de Agropecuária do Paraná (Faciap) e a vice-presidência executiva da entidade. “É preciso voltar a ser destaque estadual”, frisa.
Uma das suas primeiras ações da nova diretoria, depois da posse, em janeiro de 2018, será a criação de um grupo que reúna todas as entidades de fomento econômico da cidade. “Vamos criar um G-8 ou um G-10. A intenção é deixar aberto para as entidades que queiram participar. De repente a própria sociedade civil organizada pode promover este grupo. Vamos somar forças”, anuncia o empresário.
Na mesma linha de raciocínio, Gehlen defende abrir a porta da Aciap. “Queremos o Codep lá dentro, assim como está o Observatório Social, o Conselho Comunitário de Segurança”, alinha, reforçando que deseja que a Associação Comercial seja uma das protagonistas na organização da segunda edição da Feira Internacional da Mandioca, da qual foi presidente na primeira edição. “Todas as entidades de desenvolvimento econômico e social devem estar unidas”, reforçou ele.
CRISE ECONÔMICA – Questionado o que o empresário pode fazer e em que a Aciap pode ajudar para o país sair da crise, Maurício Gehlen disse que “é preciso ter ações inteligentes, manter o diálogo entre a classe para trocar informações e experiências e estabelecer parcerias”, avalia. Neste contexto a entidade deve buscar linhas de crédito com juros diferenciados.
À Aciap cabe ainda a promoção de palestras. “Tão ou mais importante que as palestras motivacionais aos empresários, é trazer economistas, autoridades em finanças e jornalistas especialistas em economia para apresentar aos nossos empresários informações e, principalmente, de tendência de mercado, de forma que tenhamos informações antecipadas do que pode acontecer e como a economia deve se comportar no futuro próximo. A informação, principalmente a privilegiada, é a grande aliada do empresário”.
O futuro presidente avalia ainda que o associado deve estar mais presente na entidade. “Ele (o associado) não pode se filiar apenas pelo serviço de proteção ao crédito. A Aciap tem muito mais a oferecer e principalmente quer ouvir do empresário que serviço devemos levar a ele”.
Gehlen lembra que o empresário deve ter consciência que, embora às vezes se abata pelas dificuldades, reclamação não resolve o problema. “Há quanto tempo o Brasil está enfrentando esta crise? E a economia continuou andando, com retração, mas andou. Ela vai bem, obrigado. E agora que os juros estão caindo e a inflação sob controle, temos que começar a reagir”, diz.
Para Gehlen, os empresários têm que enxugar custos, mas “sobretudo ser inovador. E isto vale para todos os ramos. Temos que ampliar o leque de serviços que oferecemos aos clientes. Precisamos sempre estar criando um ‘algo a mais’”.
POLÍTICA – Sobre seu envolvimento político e até sua possível candidatura a uma cadeira na Assembleia Legislativa, Maurício Gehlen disse que é preciso usar a inteligência para não misturar a política classista com a partidária. Mas não se deve perder de vista que “uma depende da outra, uma não vive sem a outra”.
Como exemplo cita que hoje um dos principais problemas do país é a carga tributária e o desemprego. “A redução da carga e a geração de emprego depende da política, de decisões políticas. Então, embora não devemos misturar, temos que ter a consciência desta interdependência”, afirma.

NOVO ESTATUTO

Maurício Gehlen será o primeiro presidente a gerir a Aciap sob o novo estatuto aprovado este ano. Ele gosta da ideia de ter vários vice-presidentes, cada um para tratar de um assunto, levar as demandas do seu setor.
Disse que ainda antes da posse deve se reunir separadamente com os vice-presidentes que vão atuar nas atividades fins da entidade: comércio, indústria, agropecuária (“que sempre acabou ficando de lado”) e profissionais liberais, que terão à frente, respectivamente, João Roberto Viotto, Marcio Catiste, Rogério Lorenzetti e Ubiratan (Bira) Ângelo Fernandes.
“São pessoas que têm experiência e muito a contribuir”, diz ele, lembrando que solicitará a cada um que apresente um planejamento para o setor.
Para Gehlen, outro ponto positivo foi a criação das vice-presidências para representar regiões da cidade. A nova diretoria terá vice-presidentes para assuntos do Jardim São Jorge (José Roberto Borges), Jardim Ipê (Edson Satin da Silva), Jardim Morumbi (Tadeu Roberto Sierakowski) e o Distrito de Sumaré (Fernando Antonio Pereira). “Vamos fazer reuniões itinerantes. Verificar os problemas dos empresários que estão estabelecidos nos bairros e como podemos ajudar para resolvê-los”, informa.
A criação de outra vice-presidência que Gehlen aplaude é a de responsabilidade social, que será ocupada por Eugênia Ceres Rauen Costa Monteiro. “Temos que estimular os associados a se dedicarem mais nas políticas de responsabilidade social das empresas. Eles devem ser exemplos para o resto da sociedade”, conclama.

DIRETORIA

Além dos já citados, a futura diretoria terá Rafael Benjamin Cargnin Filho e Márcia Stainer como vice-presidentes executivos. E os vice-presidentes Ed Wilson Baldan Men (secretaria), Edgar Cyrino Penha (finanças), Carlos César Rocha (patrimônio), Eduardo Tolazzi (serviço de informação), Cleberson Rogério Zanolli Yabe (Empreender), Fernanda Volpato (capacitação profissional), Antonio Gonçalves (comércio exterior), Antonio da Cruz da Silva (desenvolvimento econômico), João Roberto Viotto Júnior (desenvolvimento regional), Carlos Augusto Bezerra da Costa (eventos), Rosana Mara Hila (projetos), Jorge Roberto Pereira da Silva (comunicação), Héracles Alencar Arrais (saúde), Michael Heckmann (segurança) e Rui Nunes (assuntos federativos).
Serão membros efetivos do Conselho Deliberativo: Águida Araújo Sandri Machado, Rozimeire Codato Serigioli, Isabele Boareto Meurer, Fábio Mechia, Jorge Miyoshi Júnior, Luiz Carlos Cestaro, Celso Pires de Oliveira, Ronny Eber Belmont, Francisco Nejar About e Débora Suemi Wiese.
Os membros suplentes são: Givanildo Gonçalves Bonfim, Fábio Felício da Costa, Edson Shiguero Aoyagui, Fábio José Dias, Valdir Batista de Oliveira, Carlos Mitsuaki Sakae, Marcos Antonio Nunes, Cézar Augusto Bertelli, Fernando Mallmann e José Correa Farias Filho.