Municípios do Noroeste avaliam prós e contras de criação da Região Metropolitana

Prefeitos e representantes de municípios do Noroeste do Paraná estiveram ontem em Paranavaí, onde participaram de uma audiência pública sobre a constituição da Região Metropolitana. Na ocasião, conheceram pontos positivos e negativos do conglomerado urbano.
O encontro foi organizado pelos deputados estaduais Tião Medeiros e Anibelli Neto, que integra a Comissão de Assuntos Metropolitanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Segundo ele, o assunto já foi discutido anteriormente pelos parlamentares, mas não teve prosseguimento.
Agora, com a participação dos prefeitos do Noroeste, a ideia é retomar o debate. Por isso, disse Anibelli Neto, a realização da audiência pública foi importante. Mais do que isso, a reunião serviu para tirar dúvidas. “Não temos todas as respostas. Viemos aqui para trazer luz sobre esse assunto”, afirmou Tião Medeiros.
Os prefeitos presentes saíram do encontro com uma missão: reunir equipes técnicas e ouvir a sociedade, para debaterem o assunto. A partir disso, levantarão questionamentos e opinarão favorável ou contrariamente. Depois, apresentarão esse compilado de ideias para os deputados paranaenses.
De acordo com Medeiros, esses documentos confeccionados pelas equipes municipais serão encaminhados para a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (Sedu) e para a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Os dois órgãos auxiliarão no sentido de sanar dúvidas e fazer outros apontamentos.
AUDIÊNCIA PÚBLICA – O encontro realizado ontem em Paranavaí contou com a participação de Álvaro José Cabrini Junior, da Coordenadoria Técnica da Sedu. Ele apresentou números sobre regiões metropolitanas no Paraná e afirmou que a maioria enfrenta dificuldades.
Atualmente, o Estado tem oito regiões metropolitanas implantadas. Dessas, apenas a de Curitiba tem funcionamento efetivo. A de Maringá conta com dois funcionários. O restante não dispõe de estrutura técnico-administrativa.
A avaliação de Cabrini Junior é que o problema está na decisão política ao criar as regiões metropolitanas, sem considerar os critérios técnicos. Por isso, sugeriu que essa etapa seja cumprida antes de pleitear a união dos municípios.
Já Karla França, representante da CNM, pontuou algumas vantagens, entre as quais a otimização de recursos para investimentos em diversas áreas, como infraestrutura urbana e saneamento básico.
A unificação da tarifa de telefonia também seria uma conquista resultante da criação da Região Metropolitana de Paranavaí. Significa que uma ligação entre municípios integrantes do grupo deixaria de ser considerada como interurbana e passaria a ser cobrada como local.