Vacinação do rebanho bovino tem início

Começa hoje a campanha estadual de vacinação do rebanho bovino contra a febre aftosa. Todo o rebanho (inclusive bubalinos) deve ser imunizado até o dia 30 de novembro.
Na região de Paranavaí são mais de 960 mil cabeças. O Paraná continua o trabalho para se tornar área livre de aftosa sem vacinação.
O pecuarista deve vacinar o rebanho e fazer a comprovação numa unidade veterinária ou via Internet – www.adapar.pr.gov.br. Nesta segunda opção é preciso informar a revenda de vacina de que pretende fazer da forma eletrônica.
Em Paranavaí uma dose de vacina pode ser encontrada numa grande cooperativa por R$ 1,14 à vista ou R$ 1,20 a prazo, custo que pode estar com os dias contados. Isso porque o Paraná pleiteia a classificação de área livre de aftosa sem vacinação (atualmente é área livre com vacina).
Diante do pleito paranaense, uma auditoria do Ministério da Agricultura deve acontecer entre os dias 14 e 19 de janeiro. Uma vez obtido aval do Ministério, o próximo passo será debater com os produtores rurais.
Supervisor regional da Adapar – Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Carlos Costa Júnior informa que o Estado vem criando as condições para a conquista do novo status. A participação dos produtores será fundamental e, daí, a importância de ouvir a classe.  Igualmente é preciso seguir normativas internacionais.
Um item a ser concluído é com relação às barreiras sanitárias. São quatro na região, sendo que parte delas precisa de melhorias. Em Terra Rica, por exemplo, passa por reforma.
As barreiras são fundamentais para a segurança do setor, especialmente sem vacinação, já que o Noroeste tem ligações por estradas com o Mato Grosso do Sul e São Paulo.

GANHO DE MERCADOS

Com o status de área livre, o Paraná deverá ter ganho de mercados, pois muitos países só compram carne bovina e suína de regiões sem incidência de aftosa e sem vacinação. Pesam ainda os custos da vacina e o desconforto causado na imunização do rebanho. O produtor tem o ganho direto sem vacinar, já que os custos das doses e manejo por conta da imunização são estimados em R$ 30 milhões.  
A região Noroeste já teve 1,3 milhão de cabeças de gado há cerca de 15 anos. Hoje, com pouco mais de 960 mil cabeças, é o segundo maior rebanho do Paraná, muito próximo de Umuarama, a principal região produtora. A cultura perdeu nos últimos anos espaço físico para outras atividades, dentre as quais, cana e laranja.
A drástica redução de área teve o impacto reduzido pelo aumento da produtividade, fruto de tecnologia aplicada à produção, analisa Carlos Costa.