Paraná vai colher 20 milhões de toneladas de grãos

CURITIBA – O plantio de grãos de verão da safra 2017/18, que estava atrasado no Paraná até o final de setembro, recuperou a normalidade com o retorno das chuvas este mês.
A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento está prevendo uma colheita de 23,15 milhões de toneladas, volume 8% inferior ao colhido no ano passado.
A estimativa de safra é menor porque os cálculos consideram que os níveis de produtividade das principais lavouras só voltam à normalidade este ano. De acordo com o relatório divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), é difícil repetir o desempenho da safra passada, que registrou produtividades recordes diante de um quadro climático favorável que beneficiou as culturas em todo o País e nos demais países da América do Sul e do Norte. No Brasil foram colhidas mais de 240 milhões de toneladas, que também foi um recorde.
Para o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, com o retorno das chuvas as condições de plantio normalizaram, considerando que isso só foi possível dado ao elevado grau de mecanização e tecnologia aplicada nas lavouras, que permitiram a recuperação do plantio.
“A expectativa, agora, é com relação à variação do clima para que a conclusão do plantio seja feita em boas condições. Ainda temos toda a região Sul do Estado para plantar milho e soja, que precisa de condições normais para o seu desenvolvimento”, avaliou.
Em relação à comercialização, este ano os produtores sentiram forte reação na queda dos preços do milho e isso está retratado na área plantada da primeira safra, que é a menor da história, segundo o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni. Ele diz que a soja, por ser um produto de maior liquidez no mercado, absorveu toda a área de milho de primeira safra que deixou de ser plantada.
Além desse fator, observa-se que o ritmo de venda antecipada da nova safra que está em fase plantio, também, está mais lento, o produtor está mais cauteloso na hora de vender sua produção. “A safra de grãos deste ano aponta para um desempenho com preços mais estabilizados para o feijão, milho e soja, que deverá contribuir para a estabilização dos preços dos principais produtos consumidos nos supermercados”, avaliou.