Seis homens já foram presos pela morte do arquiteto Fábio Tranin
Diversas ligações anônimas foram recebidas pela polícia desde o assassinato do arquiteto Fábio Tranin, ocorrido anteontem de manhã em Paranavaí. O delegado Luiz Carlos Mânica, chefe da 8ª Subdivisão Policial, informou que seis homens já foram conduzidos para a Delegacia, mas não foram reconhecidos pelas testemunhas do possível latrocínio.
Os suspeitos prestaram depoimento e tiveram seus álibis checados. Mânica disse que nenhuma das pessoas chegou a ser identificada, por isso foram liberadas.
O arquiteto de 53 anos foi assassinado na manhã de anteontem, dentro de sua casa, na Travessa Gonçalves, próximo ao Teatro Municipal. A principal linha de investigação é de um possível latrocínio (roubo com resultado de morte). Dois homens invadiram a casa, armados, cometendo o crime. Eles se passaram de jardineiro para ter acesso a casa, que está em reforma.
Apesar de descartar seis suspeitos, Mânica ressalta que as investigações sobre o assassinato evoluíram. “Já é possível afirmar que a vítima não entrou em luta corporal com os criminosos. O Fábio possivelmente teve um ato de reflexo ao tentar fechar a porta. Em contrapartida, o assaltante, num ato irresponsável, covarde e sem sentido efetuou o disparo que matou a vítima”.
Na tarde de ontem, mais de uma equipe de investigadores da Polícia Civil estava nas ruas. O delegado operacional Vagner dos Santos Malaquias acompanha as incursões em vários pontos de Paranavaí.
O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), major Ademar Carlos Paschoal, informou que policiais do setor de Inteligência também estão apoiando as investigações.
“Desde o registro do assassinato já recebemos aproximadamente 15 ligações. Estamos verificando todas as chamadas telefônicas. Porém, ainda necessitamos do apoio da população que pode ligar anonimamente nos telefones 190 e 181”, disse o comandante.
SEPULTAMENTO – O corpo do arquiteto foi sepultado no final da manhã de ontem no cemitério central de Paranavaí. Dezenas de parentes e amigos prestaram homenagem.
O empresário Miguel Rubens Tranin, irmão do arquiteto assassinado, revelou que a família espera justiça. Ele se mostrou confiante pela linha de investigação que a polícia está seguindo.
“Quem fez isso agiu com maldade e sem necessidade. Não é fácil ver minha mãe chorar pela perda do filho. Comove-me saber que várias mães passam por tudo isso. Tem que haver um basta nessa escalada de violência que a sociedade vive”, comentou Tranin.
DOIS CRIMES E UMA COINCIDÊNCIA
No dia da morte do arquiteto Fábio Tranin, em Paranavaí, ocorreu o assassinato do trabalhador rural Maxuel Júnior de Lima Porto, 23 anos, em Guairaçá.
Curiosidade: Maxuel Porto era filho de um funcionário de Fábio Tranin, em uma propriedade rural naquela cidade. O delegado Mânica já descartou qualquer tipo de ligação entre os crimes. Mânica foi enfático em dizer que tudo não passou de uma triste coincidência.
O trabalhador rural Maxuel Júnior de Lima Porto, 23 anos, foi assassinado com vários tiros quando se dirigia para o trabalho no período da madrugada. A Polícia Civil de Terra Rica conduz as investigações e ainda não tinha uma linha de investigação. A vítima era casada e não possuía ficha com antecedente criminal.