Morte de arquiteto movimenta todo setor policial

No início da manhã de ontem, o arquiteto Fábio Tranin, 53 anos, foi assassinado dentro de sua residência, área central da cidade, próximo ao Teatro Municipal de Paranavaí.
Dois jovens se passaram por jardineiros e entraram na casa que está em reforma. O crime gerou comoção na sociedade e movimentou todo o setor policial.
Na Polícia Militar, um grande efetivo composto com integrantes da Rotam, policiais do setor administrativo, viaturas da seção de
Radiopatrulha e equipes de apoio foram para as ruas.
O delegado Luiz Carlos Mânica, chefe da 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP), revelou que todo o efetivo de plantão também foi destacado para solucionar o crime. Até o fechamento da matéria duas pessoas já tinham sido encaminhadas para a Delegacia, porém, não foram reconhecidas, ou seja, não ficou caracterizado envolvimento.
PEDREIROS – A reportagem do Diário do Noroeste conversou com dois pedreiros que trabalhavam na obra da casa. Um deles revelou que presta serviço juntamente com o filho e um sobrinho. Estavam fazendo uma rampa para facilitar a locomoção da mãe de Fábio Tranin.
Eles estranharam quando os ladrões entraram no quintal com capacetes fechados, trazendo um cortador de grama e um rastelo. “Não deu tempo nem de questionar, eles sacaram suas armas e nos renderam. Fomos levados para um cômodo no fundo da casa junto com a mãe do Fábio”, explicou o trabalhador.
O filho do pedreiro contou que após todos estarem rendidos, um dos assaltantes foi em direção à cozinha onde encontrou o arquiteto.
O rapaz comentou que desconfia que Tranin teria tentado fechar a porta de vidro. Nesse momento, o assaltante efetuou um único disparo, acertando a cabeça da vítima que morreu no local.
IMAGENS DE SEGURANÇA – Depois do disparo, os criminosos deixaram a casa sem levar nada. Pelas imagens do circuito de segurança da casa, foi possível ver a fuga dos criminosos. Na pressa, derrubaram a moto e uma das armas. Aparentemente os acusados são jovens, magros e usavam uma moto de cor escura.
Mânica disse que os investigadores analisavam as imagens de circuito de segurança instalado no entorno da casa de Tranin para tentar identificar o número da placa da moto usada na fuga. “O ângulo da câmera instalada na casa não permitiu a identificação da placa”.
O CRIME – O assassinato aconteceu por volta das 9h, na Travessa Gonçalves, localizada próximo a Praça do Teatro Municipal Doutor Altino Afonso Costa, fundos do Edifício Independência. Quando os policiais chegaram, encontraram a vítima caída e sem vida.
O crime pode ter sido um latrocínio (roubo com resultado de morte), porém, o delegado operacional Vagner dos Santos Malaquias não descarta outras possibilidades.
“Estamos verificando todas as hipóteses. Neste momento é importante que haja denúncias para ajudar a chegar aos autores. Quem quiser pode ligar e não se identificar nos telefones da Polícia Militar 190 e na Delegacia 3421-1550”, destacou Malaquias.