Cirurgias eletivas realizadas pela Santa Casa quase foram suspensas

Faltou pouco para as 152 cirurgias eletivas que a Santa Casa de Paranavaí realiza mensalmente, atendendo municípios de toda a região, serem suspensas.
A suspensão só não aconteceu porque a Secretaria Estadual de Saúde (SESA) decidiu assumir financeiramente as despesas decorrentes dos procedimentos, que, normalmente, são bancadas pelo Governo Federal, através do SUS.
Para evitar o que seria um grande prejuízo à região, representantes da Santa Casa, da 14ª Regional da Saúde e do Conselho Regional dos Secretários Municipais de Saúde (Cresems) estiveram com o superintendente de Gestão de Saúde, Paulo Almeida, e outros técnicos da SESA, quando o assunto foi equacionado.
O problema surgiu quando por uma falha de comunicação, a Santa Casa continuou, desde janeiro, a realizar as cirurgias eletivas de acordo com o seu contrato.
As cirurgias tinham sido suspensas, mas o hospital não foi notificado. No encontro, Almeida reconheceu a realização dos procedimentos e autorizou o pagamento do que já havia sido realizado este ano.
Mas havia outro problema a superar. O Governo Federal havia retomado o mutirão de cirurgias, só que os recursos destinados à Santa Casa eram bem inferiores aos que vinham sendo repassados para estes procedimentos. O resultado é que as 152 cirurgias/mês cairiam para algo em torno de 55.
As informações são da assessoria de imprensa da Santa Casa.
Entendendo a importância da continuidade das cirurgias, Paulo Almeida autorizou a continuidade dos procedimentos cirúrgicos nos mesmos montantes que vinham sendo realizados pela Santa Casa.
“Seria um enorme prejuízo para a região se estas cirurgias fossem suspensas. A fila por cirurgias aumentaria muito. Felizmente pudemos contar com a sensibilidade do superintendente Paulo Almeida, que entendeu a necessidade da continuidade das cirurgias”, disse o diretor-geral da Santa Casa de Paranavaí, Héracles Alencar Arrais, que participou da reunião em Curitiba.
Ao comentar o fato, o presidente do hospital, Renato Augusto Platz Guimarães disse que a decisão da SESA não o surpreendeu. “O governador Beto Richa foi muito feliz na montagem de seu secretariado. O secretário da Saúde, Michele Caputo, com quem mais nos relacionamos, é uma pessoa preparada para o cargo e tem a noção exata das nossas necessidades e também montou uma equipe muito boa. São grandes parceiros e têm ajudado muito o hospital”, disse ele.