Em 45 anos, Guarda Mirim já atendeu 14.850 jovens

Inaugurada em 06 de abril de 1972, a Associação Educacional Vigilantes Mirins de Paranavaí Frei Rafael Maynka – a reconhecida Guarda Mirim – comemora 45 anos em 2017. E coleciona números expressivos, totalizando 14.850 jovens atendidos. A entidade inseriu no mercado de trabalho neste período 5.850 pessoas.
Para o futuro o desafio é oferecer cada vez mais qualificação a sua clientela – de moças e rapazes com idade entre 14 e 22 anos – ampliando a participação da juventude no concorrido mundo do trabalho.
Para atingir tais objetivos tem como aliados os parceiros novos e tradicionais, além do amparo da lei 10.097/2000, que trata do trabalho do jovem aprendiz.
Coordenadora da Guarda Mirim, Beth Eloi explica ao Diário do Noroeste que a entidade mantém convênio com a Prefeitura, o que garante a manutenção, pagamento de funcionários e outras despesas.
Além disso, a entidade, através da diretoria presidida por Aurinete Moura da Silva Nespolo, firma parcerias que agregam oportunidades aos jovens. São cursos que preparam para o trabalho, além de atividades esportivas e de economia criativa, entre outros.
Beth Eloi detalha que os jovens, dentro do Projeto Jovens Aprendizes implantado em 2003, têm ainda atendimento psicológico, assistencial, recreação, além do efetivo encaminhamento para o mercado de trabalho. Atualmente a Guarda Mirim tem 134 jovens em treinamento nos períodos da manhã e da tarde.
Após um ano de curso, incluindo noções profissionais, cidadania e boas práticas, são considerados aptos a prestar serviços na condição de aprendizes. Durante o vínculo, a Guarda Mirim continua acompanhando os jovens, inclusive com visitas bimestrais nas empresas.
Ela cita as parcerias com o Senac, Procuradoria Regional do Trabalho de Maringá e Ministério Público do Trabalho, bem como a Prefeitura do Município. Esses e outros agentes públicos e privados ajudam no desenvolvimento das ações da Guarda Mirim, resume.

EMPREGADOS

152 jovens trabalham em empresas locais através da parceria com a Guarda Mirim. Eles permanecem três dias por semana na empresa, sempre no contraturno escolar. Nos outros dois dias úteis, igualmente no contraturno, os jovens participam por um ano de curso que visa aliar teoria e prática na realidade profissional, experiência que vão levar para toda a vida.
A contratação de jovens aprendizes está prevista em lei. Conforme a coordenadora, caso todas as empresas cumprissem o dispositivo legal integralmente, a cidade comportaria a inserção de 250 jovens no mercado.

O QUE DETERMINA A LEI DO APRENDIZADO

A Lei do Aprendiz (10.097 de 2000) determina que todas as empresas de médio e grande porte tenham em seus quadros entre 5% a 15% de Jovens na condição de Aprendiz.
Podem estar nessa condição jovens entre 14 e 24 anos, que devem ou não ter terminado o ensino médio ou que estejam devidamente matriculados em uma instituição de ensino técnico profissional habilitada pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e conveniada com empresa.
O contrato de trabalho é um pouco diferente dos usuais realizados com vínculo trabalhista. Ele é por tempo determinado, deve prever o horário para o curso técnico e está limitado a no máximo, 40 horas semanais, de acordo com a idade. Existem também, restrições de atividades insalubres. (Fonte: www.capitalsocial.org.br)