Confiança da Construção avança no mês

Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getúlio Vargas avançou 0,4 ponto em julho, para 74,6 pontos, retornando ao patamar de março de 2017 (76,5 pontos), considerando-se dados ajustados sazonalmente.
“O avanço do ICST fortalece a percepção de que o pior momento da crise ficou para trás – o patamar mais baixo do indicador foi registrado em abril do ano passado. O ICST de julho, no entanto, está apenas 7 pontos acima do mínimo histórico e mais de 25 pontos abaixo da média. O lento crescimento e as idas e vindas da confiança nos últimos meses sinalizam um quadro ainda bastante frágil para a atividade da construção, no qual as bases para retomada ainda não estão garantidas”, avaliou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.
Assim como no mês passado, a alta do ICST em julho decorreu tanto da avaliação presente das empresas quanto das perspectivas no curto prazo: o Índice de Situação Atual (ISA-CST) cresceu 0,5 ponto, para 64,4 pontos, com destaque para o indicador que mede a satisfação com a situação corrente dos negócios, que avançou 1,4 ponto, para 67,2 pontos, maior nível desde janeiro de 2017 (67,4 pontos).
O Índice de Expectativas (IE-CST) variou 0,3 ponto, atingindo 85,1 pontos. A maior contribuição para esta evolução veio do indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que avançou 0,8 ponto, para 86,8 pontos.
Após cinco quedas consecutivas o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor, voltou a subir, ao variar 0,3 ponto percentual (p.p.) em julho, alcançando 61,8%.
FATORES RESTRITIVOS À ATIVIDADE – Mensalmente, as empresas do setor da Construção indicam quais fatores vêm limitando o avanço da atividade. O indicador apresentado no gráfico abaixo agrega os três fatores que mais afetam negativamente o desempenho do setor. O indicador está inversamente relacionado ao ISA-CST. “Além da queda na demanda, o encarecimento e dificuldades de acesso ao crédito aprofundaram o sentimento de crise vivido pelas empresas, mas o indicador também mostra que o pior momento parece ter ficado para trás,” analisa Ana Maria Castelo.
A edição de julho de 2017 coletou informações de 707 empresas entre os dias 03 e 24 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Construção ocorrerá em 28 de agosto de 2017.