Paranavaí fecha semestre com saldo positivo na geração de empregos
Paranavaí fechou o primeiro semestre do ano com saldo positivo na geração de empregos formais. O acumulado de janeiro a junho é de 508 vagas, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
De acordo com os números, foram acumulados nos seis meses 4.456 registros em carteira, contra 3.948 desligamentos, o que representa saldo positivo de 2,53%.
O mês de junho contribuiu com 151 postos para a formação do índice. Como revela o Caged, no mês passado foram 816 contratações e 665 desligamentos – saldo positivo de 0,74% em relação ao total de registros na cidade.
EM UM ANO – Levando em conta os últimos doze meses, o saldo ainda é negativo. De julho de 2016 a junho de 2017 foram 8.104 desligamentos e 7.882 contratações, gerando déficit de 222 vagas ou 1,07% do estoque de empregos.
Levando em conta números absolutos, Apucarana teve o melhor resultado entre as 60 cidades pesquisadas com mais de 30 mil habitantes no Paraná. Foram 170 vagas com carteira assinada em junho. O pior desempenho ficou com Curitiba, totalizando menos 1.672 vagas.
A capital pesou na formação geral do desempenho paranaense. Foram fechados 4.987 postos em junho. Em seis meses de 2017 o saldo é positivo, com 10.600 empregos formais. Nos doze meses acumulados o Paraná apresenta déficit de 19.866 postos, seguindo a tendência nacional. Em todo o país o acumulado em um ano é de menos 749.060 empregos.
País cria 9,8 mil vagas de trabalho em junho
O mercado de trabalho brasileiro abriu 9.821 novos postos em junho, variação de 0,03% em relação ao mês anterior. Essa é a terceira expansão consecutiva e a quarta registrada no ano, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgadas ontem.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo Nogueira, os dados mostram que “a economia dá sinais de recuperação”.
“É melhor que seja gradual, em patamares menores, do que termos uma bolha. Isso nos dá a sinalização de que a economia se recupera de forma positiva”, afirmou.
O resultado do Caged é resultado da diferença de 1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões. No acumulado do ano, o saldo alcançou 67.358 vagas de emprego abertas. No mesmo período do ano passado, o saldo foi negativo, com 531.765 postos de trabalho fechados a mais que abertos. O resultado acumulado nos últimos 12 meses ainda aponta uma redução de 749.060 postos de trabalho.
“Nós gostaríamos de comemorar números melhores, mas o Brasil é um país que tem especificidades e a economia é um conjunto de fatores – externos e internos. O governo está cumprindo seu papel no sentido de dar sinais para o mercado, com a aprovação de reformas. A expectativa é que se mantenham os números positivos até o final do ano”, ressaltou Nogueira.
SETORES – No mês de junho, o saldo positivo do Caged foi impulsionado pela agropecuária e pela Administração Pública. Em maio, foram gerados 36.827 novos postos de trabalho na agropecuária, repetindo o desempenho do setor em maio, quando registrou um saldo positivo de 46.049 novas vagas. O setor de produção de café repetiu o desempenho do mês de maio e foi novamente o destaque do período, com 10.804 vagas abertas, concentras em Minas Gerais.
A Administração Pública fechou o mês com a criação de 704 novas vagas de emprego, um aumento de 0,08%.
Já os demais setores tiveram saldo negativo de emprego, com mais fechamentos de vagas que aberturas, como a construção civil (redução de 8.963 postos de trabalho), indústria de transformação (redução de 7.887 postos), serviços (redução de 7.273 postos) e comércio (com o fechamento de 2.747 vagas de trabalho).
Segundo o ministro, no caso da construção civil, o setor deve retomar a geração de empregos nos próximos meses.
“Não é possível que a construção civil se perpetue todos os meses apresentando números negativos. Construção civil para gerar emprego demora, tem a fase dos projetos, das licenças, das organizações das plantas de construção, isso leva de seis a oito meses. Todos os setores que apresentaram números negativos, quando se faz o comparativo com ano passado, os números são muito menores”, comparou.