A devoção de Padre Pio ao seu anjo da guarda

Jonas Abib*

Padre Pio tinha uma devoção muito especial pelo anjo da guarda. Seu pequeno companheiro de infância, o bom anjinho, sempre o ajudou. Foi amigo obediente, fiel, pontual, que exerceu sobre ele um estímulo contínuo a progredir no exercício de todas as virtudes.
Valia-se do auxílio do anjo para difundir seu apostolado mariano: “Gostaria de ter uma voz muito alta, para convidar os pecadores de todo o mundo a amar Nossa Senhora. Mas, como isso não está em meu poder, orei e continuarei a orar ao meu anjinho para que faça isso por mim.”
O anjo da guarda era seu amigo íntimo que, de manhã, depois de tê-lo acordado, junto com ele louvava ao Senhor: “Quando a noite chega, ao fechar os olhos, vejo o véu cair e abrir-se diante de mim o Paraíso. Assim, embalado por essa visão, durmo com um sorriso de doce beatitude nos lábios e com uma perfeita calma na fronte, esperando que o pequeno companheiro de minha infância venha despertar-me para que, juntos, possamos elevar os louvores matutinos ao escolhido de nossos corações.”
Nas investidas do inimigo de Deus, era o anjo da guarda, seu amigo invisível, que aliviava seus sofrimentos: “O companheiro da minha infância procura atenuar as dores que aqueles apóstatas impuros me infligem, acalentando-me o espírito em sinal de esperança.”
Padre Pio reconheceu e apreciou a função de mensageiro do amigo invisível. Dizia a seus filhos espirituais: “Se precisarem, enviem-me o seu anjo da guarda.” E durante várias horas, de dia ou de noite, ocupava-se em ouvir as mensagens de seus filhos que tantas criaturas angelicais, obedientes, lhe traziam.

*Monsenhor Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova, presidente da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP)