Escola alvo de vândalos pela terceira vez no ano

A Escola Ayrton Senna da Silva, Caic da Vila Operária, já sofre com problemas do bairro, dentre eles, o depósito de entulhos, espécie de lixão a céu aberto que há anos prejudica o bom andamento das aulas em determinadas circunstâncias (incêndios, mau cheiro, fumaça, etc. No entanto, vive agora drama ainda maior: o vandalismo.
Na madrugada de ontem um bando danificou vários materiais, furtou outros, deixou um rastro de destruição e centenas de alunos sem aula. São três invasões somente neste ano, a segunda na semana, somando prejuízo de cerca de R$ 100 mil, como informa a Secretaria de Educação. O valor pode aumentar no decorrer das verificações.
Foram janelas quebradas, armários destruídos e muita sujeira. Materiais escolares de uso dos alunos foram revirados e muita sujeira espalhada, dizem funcionários descrevendo a cena que viram no pavilhão superior ao chegarem ao estabelecimento de ensino. Muita cola foi usada para sujar e danificar os objetos.
Além de bagunça e rastro de destruição deixados, os invasores também furtaram muitos materiais escolares, incluindo cadernos, lápis e cola, entre outros. Era o estoque da escola para o restante do ano letivo, detalha Adélia Paixão, secretária de Educação de Paranavaí.  
VÂNDALOS CONHECIAM – Os vândalos demonstraram conhecer as instalações da escola, isso porque “fugiram” das câmeras e alarmes dos corredores. Eles chegaram ao pavimento superior se apoiando e caminhando sobre os toldos, o que provocou ainda mais danos.
Andando sobre os toldos, conseguiam chegar até as janelas. Quebravam os vidros e entravam, deixando algum dano em pelo menos nove salas, incluindo a biblioteca.    
AULAS PREJUDICADAS – Tanta bagunça prejudicou o andamento das aulas, suspensas ontem pela manhã para parte dos 384 matriculados. O pavilhão danificado abriga a maioria dos alunos – 351.
A secretária complementa que a ala afetada é usada por alunos de 8 a 10 anos. Com a impossibilidade de estudar, os jovens acabaram ajudando a limpar a bagunça nas primeiras horas de expediente ontem.
Experiente na educação pública, Adélia já testemunhou outros atos de vandalismo em determinadas ocasiões. No entanto, nunca com este grau de destruição. Ela não acredita que seja vingança ou retaliação, mas ressalta que há uma investigação em curso.
Além dos gastos com a reposição de materiais e móveis, a secretária disse em nota divulgada pela secretaria de Comunicação que vai solicitar mais proteção à escola e instalar grades de proteção.
Ainda na nota, a Prefeitura informa que o secretário de Proteção à Vida, Patrimônio Público e Trânsito, Heron Radke, também esteve no local durante a manhã desta sexta-feira para verificar os estragos e descobrir os motivos de o alarme não ter disparado na invasão e como os bandidos entraram na escola.

CASO DE POLÍCIA
O delegado-adjunto da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Gustavo Bianchi, informa que os investigadores estão coletando informações. A expectativa é de elucidar o caso o quanto antes.
Há informalmente um suspeito apontado por pessoas preocupadas com a conservação e bom uso do estabelecimento de ensino.
A invasão foi constatada por volta de 1h15 da madrugada de ontem, quando um funcionário pediu a intervenção da Polícia Militar para denunciar os atos de vandalismo.