Chuvas constantes comprometem ainda mais a qualidade do asfalto de Paranavaí
Como estão as ruas e avenidas por onde você passa diariamente? As condições do asfalto permitem trafegar normalmente ou é preciso ter atenção ainda maior, por causa dos buracos? A malha viária está gravemente comprometida em diferentes bairros de Paranavaí, situação agravada por causa da chuvarada da última semana.
De quarta-feira (17) a domingo (21), o Simepar registrou 117,6 milímetros de precipitação. O maior volume de chuva foi medido no domingo, 48 milímetros. Considerando todo o mês, já são 190 milímetros, índice maior do que a média histórica de maio, que é 109,8.
O secretário municipal de Infraestrutura, Renato Dultra, explicou em que medida a chuva constante compromete a malha viária. Segundo ele, quando uma lâmina de água se forma sobre o asfalto, a água penetra pelas rachaduras e atinge a camada de solo-cimento, que é a base da camada de pavimentação. Esse processo facilita a deterioração.
Dultra afirmou que o asfalto é antigo em muitas vias públicas de Paranavaí, por isso, os trincos são comuns. Já nos locais onde a capa asfáltica é mais recente, portanto, mais grossa, a infiltração não acontece com frequência. “Se a espessura é maior, dificilmente a água passa”.
O secretário disse que alguns pontos foram mais afetados pela ação da chuva que caiu sobre a cidade nos últimos dias: Rua José Felipe Tequinha, no Jardim Oásis, Avenida Carlos Gomes, no Jardim São Jorge, e Avenida Tancredo Neves, próximo ao Estádio Municipal Waldemiro Wagner.
Mas os problemas na malha asfáltica vão além desses trechos. Na Rua Amazonas, no Centro, a força da chuva foi responsável por abrir um buraco na malha viária. Preocupado com o risco de acidentes, o morador Expedito de Siqueira colocou galhos de árvore no local, para servirem como sinalização.
Ele contou que percebeu que o asfalto tinha cedido na noite de domingo, depois que a água que passava pela tubulação subterrânea extravasou e invadiu uma das casas naquela região da cidade. “Se alguém passasse por cima, afundaria. Imagina se fosse um motoqueiro?”
Outra rua em que o asfalto está em condições ruins para trafegar é a Castro, no Jardim Ibirapuera. Em um trecho daquela via pública, a malha viária está se desmanchando e as pedras começam a aparecer. Nos pontos mais críticos já não existe mais capa asfáltica, sendo possível ver a terra.
RECUPERAÇÃO – O secretário municipal de Infraestrutura informou que a recuperação dos estragos provocados pelas chuvas constantes seguirá alguns critérios. O primeiro é a intensidade do tráfego. O segundo, a situação em que as ruas e avenidas se encontram.
De acordo com Dultra, os trabalhos tiveram início na tarde de ontem. Ele explicou que para conseguir resultados satisfatórios é necessário que terra e asfalto estejam secos, por isso, em muitos pontos só seria possível iniciar os reparos nesta terça-feira.
Rua Bahia, no Jardim Ouro Branco
Há pouco mais de dois meses, fortes chuvas comprometeram o asfalto em várias ruas do Jardim Ouro Branco, em Paranavaí. Os trabalhos para recuperar os danos já começaram, mas ainda não foram concluídos. O caso mais emblemático é o da Rua Bahia, no trecho em que a capa asfáltica foi arrastada pela enxurrada.
A equipe da Administração Municipal iniciou os reparos, mas as obras não consistem somente na recomposição do asfalto. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Renato Dultra, é preciso substituir a tubulação que dá vazão à água da chuva.
Ele informou que 40% dos dutos já foram colocados. Disse que se não voltar a chover, em três semanas essa etapa do trabalho estará concluída. Depois, será preciso esperar mais alguns dias até que o solo sedimente. Somente então a massa asfáltica poderá ser aplicada. A expectativa é que tudo esteja pronto em 60 dias.
Na madrugada de sábado (20) para domingo (21) um automóvel foi parar no buraco aberto na Rua Bahia para a execução das obras. A imagem do acidente circulou pelas redes sociais e chamou a atenção dos paranavaienses.
De acordo com moradores daquela região da cidade, não havia sinalização que indicasse as obras naquele trecho. Os cavaletes teriam sido colocados após a queda do veículo.
RISCOS – A principal preocupação de quem mora naquela região da cidade é que o atraso nas obras resulte no desmoronamento das calçadas e atinja os imóveis. Por enquanto, a rua está sem condições de tráfego, e é preciso deixar os veículos estacionados em outros locais. Há, ainda, o risco de queda de crianças no buraco. São dois metros de altura e aproximadamente 20 de comprimento.