Aumento de preço já chegou nas revendas de gás de cozinha

A Petrobras confirmou nesta semana o aumento de 9,8% no preço do gás de cozinha (revendas apontam que chegaria a 10,8%). 
O novo reajuste, praticado desde a última terça-feira, começou a ser praticado ontem nas revendas em Paranavaí, mas nem todas as empresas majoraram seus preços. Algumas optaram em manter o valor anterior até acabar o estoque.  
Uma revenda contatada pelo Diário do Noroeste informa que está vendendo o botijão de 13 quilos a R$ 75,00 contra os R$ 72,00 praticados até então. Como recebeu carga nova, passou parte do aumento para o consumidor final, totalizando 4,16%.
O repasse de parte da majoração se deve ao próprio mercado. Como há concorrência, as empresas não conseguem passar integralmente o percentual confirmado pela Petrobras. 
Duas outras revendas contatadas mantiveram o preço em R$ 65,00 o botijão. Atestam que já foram comunicadas do reajuste, mas por enquanto, vão manter o preço, já que ainda trabalham com estoque anterior ao reajuste. A situação é temporária, já que em média o abastecimento se dá duas vezes por semana nas revendas da cidade.
Outra tradicional empresa vende o gás de cozinha por R$ 70,00 e faz até por R$ 68,00 para pagamento à vista. Já repassou o aumento, pois antes vendia a R$ 65,00. Também se vê limitada pela concorrência e acaba absorvendo parte da majoração confirmada pela Petrobras. 
PROCON – Diante da variação dos preços, o Procon de Paranavaí tem uma orientação central aos consumidores, que vale para esta e outras atividades: pesquisar sempre. 
Por isso, antes de adquirir o produto o consumidor deve consultar mais de uma empresa, orienta o coordenador do Procon, Carlos Eduardo Balliana. Ele antecipa que deve fazer uma pesquisa do órgão público para ajudar o consumidor na hora de comprar o gás de cozinha. 
RECLAMAÇÃO – Diante do reajuste, a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Asmirg-Br, entidade nacional representativa da classe dos revendedores de GLP, emitiu nota de contestação sobre o conteúdo divulgado pela Petrobras sobre o aumento do gás de cozinha.
A entidade diz que a Petrobras comunica aumento de 9,8% no preço do gás de cozinha, reajuste na refinaria, ou seja, sem calcular os impostos. Por isso, a diferença entre o conteúdo divulgado e a majoração constatada pelas revendas. 
A nota, assinada pelo presidente da Asmirg, Alexandre José Borjaili, cita que, de forma irresponsável, buscando transferir a responsabilidade deste aumento em especial às revendas de GLP, a Petrobras vem comunicando que o aumento deve chegar ao consumidor em R$ 1,76.
O sindicato diz ser necessário levar em conta a incidência de Pis/Confins, ICMS, além dos impostos ligados ao aumento do faturamento da empresa. 
Soma-se a estes fatos a liberdade de comércio, ou seja, as companhias distribuidoras podem embutir aumentos de seus custos ou praticarem o preço que melhor convier. Ainda de acordo com a nota, os clandestinos não sofrem fiscalizações.
Com base no conjunto, levando em conta as informações obtidas até anteontem (21/03), a associação projeta que o reajuste possa chegar a R$ 5,00 (mais dentro da realidade descrita pelos revendedores paranavaienses). Por tudo isso, a Asmirg antecipa reuniões com autoridades governamentais visando esclarecimentos sobre a majoração.