Projeto pretende estimular plantio de maracujá na região Noroeste
Técnicos rurais se reuniram ontem em Paranavaí para conhecer parte do projeto Frutas Arenito, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Uma das propostas é estimular o plantio de maracujá, aplicando tecnologias que evitem a disseminação de pragas.
Pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Pedro Antonio Martins Auler é quem gerencia o projeto. Ele explicou que os experimentos tiveram início no ano passado, com o plantio de maracujá em três unidades de estudos: Paranavaí, Umuarama e Japurá.
Trata-se de um formato aplicado em São Paulo, primeiro estado a enfrentar os problemas do vírus do endurecimento das frutas. A doença já chegou ao Paraná, por isso, as tecnologias desenvolvidas nas propriedades paulistas estão sendo validadas pelos pesquisadores paranaenses.
As mudas são produzidas em ambientes protegidos e são levadas aos pomares somente quando completam cinco ou seis meses. É que nesse período, as plantas se tornam mais resistentes ao vírus do endurecimento das frutas, o que reduz os efeitos sobre todo o plantio.
Além disso, existe o vazio sanitário. É o período de 30 dias após a colheita em que todos os pés de maracujá da região são eliminados. Com isso, a proliferação da doença demora para acontecer, o que garante resultados mais positivos no cultivo das árvores.
De acordo com Auler, o Noroeste do Paraná tem condições de solo e clima que favorecem a cultura do maracujá. Com a aplicação da tecnologia em estudo e a estruturação do sistema produtivo, será possível obter bons frutos nas propriedades rurais da região. “As indústrias poderão aproveitar a oportunidade”, disse.
A expectativa do pesquisador é que até o final de 2018 já seja possível verificar os resultados dos experimentos. A partir de então, haverá um trabalho de divulgação junto aos produtores, tendo, inclusive, análises econômicas sobre a produção de maracujá.
Os experimentos estão sendo desenvolvidos graças a uma parceria do Iapar com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).