Trotes por telefone comprometem atendimentos prestados pelo Samu

Das mais de 6.000 ligações feitas em janeiro deste ano ao Samu, 1.030 eram trotes. Os números são do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Noroeste do Paraná, que abrange 86 municípios. 
Na manhã de ontem, caso semelhante foi registrado em Paranavaí. A equipe do Samu foi chamada à Vila Operária para prestar socorro a uma vítima de parada cardíaca. Quando chegou ao local, constatou que era trote.
Passava pouco das 8 horas quando duas ambulâncias chegaram ao endereço informado por telefone, mas não havia vítima alguma. Por isso, os socorristas gravaram um vídeo que está circulando nas redes sociais.
A filmagem explica os problemas que esse tipo de situação provoca. Um dos pontos destacados é que o deslocamento desnecessário de duas viaturas compromete eventuais atendimentos em outros bairros da cidade.
De acordo com a coordenadora de base do Samu Noroeste em Paranavaí, Roberta Garcia Navarro, em todo o ano passado foram 68.341 chamadas telefônicas. Desse total, 9.494 eram trotes (quase 14%).
Das 67.808 ligações registradas em 2015, 10.162 foram casos falsos (14,99%). Em 2014, foram 65.746 atendimentos por telefone; 12.372 eram trotes (18,82%). No primeiro ano de funcionamento do Samu Noroeste, de 22 de novembro a 31 de dezembro, a equipe atendeu 5.885 chamadas, sendo 2.179 trotes (37,03%).
Roberta constatou que os números diminuíram a cada ano, no entanto, o problema não deixou de existir. Significa que as pessoas estão mais conscientes, mas ainda é preciso avançar mais. A coordenadora destacou que trote é crime.