Falta de cuidados garante condições para a reprodução do Aedes aegypti

Já verificou o quintal de casa hoje? E os fundos do estabelecimento comercial? Deu uma olhada nas calhas, nos vasos de plantas, nos bebedouros de animais? Onde houver água parada, há condições para o Aedes aegypti se reproduzir.
De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde de Paranavaí, Verônica Moraes Francisquini Gardin, a falta de cuidados tem sido a principal causa para o alto índice de infestação pelo mosquito que transmite dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
O levantamento realizado em janeiro deste ano, para verificar a quantidade de focos do Aedes aegypti, mostrou que Paranavaí tem índice de 3,1%, ou seja, a cada 100 residências, mais de três têm criadouros do mosquito. Para o Ministério da Saúde, o tolerável é 1%.
Até a tarde de ontem, a Vigilância em Saúde havia contabilizado 132 notificações de casos suspeitos de dengue em Paranavaí. Desse total, 10 foram confirmados. Os outros 122 tiveram resultados de exames laboratoriais negativos.
A orientação é que moradores limpem os quintais regularmente. O mesmo vale para os empresários, em relação aos estabelecimentos comerciais. Nos locais onde há construções, é necessário tomar todos os cuidados para evitar que os entulhos acumulem água.
NA REGIÃO – Considerando os números da 14ª Regional de Saúde e a atualização da Vigilância em Saúde de Paranavaí, o Noroeste do Paraná já soma 275 notificações de casos suspeitos de dengue. Entre esses registros estão 16 positivos, 196 negativos e 73 com resultados pendentes.
Depois de Paranavaí, os municípios com maior número de notificações são: Marilena (26), Itaúna do Sul (15), Loanda (15), Nova Londrina (11), Santa Isabel do Ivaí (10) e São Carlos do Ivaí (10).
Novamente sem contar Paranavaí, apenas três cidades da região apresentaram confirmações da doença: Marilena (dois casos), Tamboara (dois casos) e Guairaçá (um caso).
Em relação aos índices de infestação pelo Aedes aegypti, a situação no Noroeste do Paraná é preocupante em todos os municípios, sendo os maiores percentuais em Cruzeiro do Sul (10,24%), Loanda (7,8%), Amaporã (5,73%) e Inajá (5,36%). Apenas uma cidade ficou abaixo de 1%, São Carlos do Ivaí (0,56%).

Vacinação contra a dengue em cidades da região
Começa hoje, em 30 municípios, a segunda etapa da vacinação contra a dengue no Paraná. As doses estarão disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde até 31 de março, conforme programação das prefeituras.
Cidades da região que terão vacina à disposição: Tapira, Santa Isabel do Ivaí, Cruzeiro do Sul, Santa Fé, Maringá, Mandaguari e Sarandi.
A intenção é reforçar o esquema vacinal das pessoas já imunizadas na primeira etapa, realizada em agosto/setembro de 2016.
Durante o lançamento oficial da campanha, em Curitiba, o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, alertou que esta será a última chance para aquelas pessoas que fazem parte do público-alvo, mas ainda não tomaram a primeira dose.
“Não perca tempo. A vacina é segura e extremamente eficaz, pois protege contra os quatro sorotipos da dengue. Por isso, procure um posto de vacinação mais próximo e garanta sua imunização”, recomendou.