Após forte chuva, reparos se concentram em locais considerados emergenciais

Volume intenso de chuva e galerias de captação insuficientes para tanta água. A combinação foi danosa para Paranavaí e resultou em estragos em diferentes pontos do perímetro urbano. Na área rural não foi diferente: mais danos em estradas e pontes. Por enquanto, reparos se concentram em pontos em que a situação é considerada emergencial.
Entre a noite de terça-feira (31 de janeiro) e a madrugada de quarta-feira (1º de fevereiro), foram 110 milímetros de precipitação. A chuvarada provocou alagamentos, derrubou muros e arrastou parte da malha asfáltica.
O secretário municipal de Infraestrutura, Renato Dutra, informou que as equipes estão percorrendo a cidade para fazer um levantamento de todo o estrago. Ao mesmo tempo, executam serviços emergenciais para garantir a mobilidade e a trafegabilidade.
Toda a sujeira encontrada nas tubulações de escoamento de água está sendo retirada, para permitir que haja maior fluidez. Segundo Dutra, isso evitará que volte a transbordar caso chova intensamente outra vez.
Para longo prazo, é preciso fazer novos cálculos e investir na ampliação da tubulação que capta a água. O secretário afirmou que as galerias não são suficientes para o nível pluviométrico registrado nos últimos anos. Segundo ele, todo o sistema precisa ser mudado.
A partir de agora, as equipes técnicas da Administração Municipal trabalharão para elaborar projetos no sentido de ampliar as galerias. Quando estiverem prontos, será o momento para buscar recursos nas esferas federal e estadual.
ESTRAGOS – As informações levantadas até a tarde de ontem pelas equipes da Secretaria de Infraestrutura, trechos de asfalto foram arrastados pela enxurrada em pelo menos dez quadras do perímetro urbano.
Na área rural, algumas estradas foram interditadas e estruturas de pontes ficaram comprometidas. O secretário municipal de Agricultura, Tarcísio Barbosa, informou que até a tarde de ontem pouco mais de um terço das vias tinham sido vistoriadas por funcionários municipais. São mais de 600 quilômetros de extensão.
Assim como no perímetro urbano, os serviços emergenciais têm prioridade. Caminhos alternativos estão sendo providenciados para os pontos interditados. E outras ações serão desenvolvidas para evitar que a situação se repita.
Na PR-218, que liga Paranavaí ao Distrito de Graciosa, também foi preciso fazer reparos. De acordo com o gerente regional do Departamento de Rodagem (DER) do Paraná, Fábio Souza, os problemas foram provocados pelo grande volume de água.
Sem o sistema adequado de galerias nas vias urbanas, a tendência é que a chuva escoe sobre o asfalto. Com a terra arrastada pela enxurrada durante a chuvarada, as canaletas ficaram assoreadas e parte da estrutura cedeu.
Na tarde de ontem, a empresa que recentemente executou as obras de recuperação daquele trecho iniciou os reparos, com o intuito de evitar que uma nova erosão se forme naquele ponto da rodovia. Na avaliação de Souza, os trabalhos serão concluídos em até uma semana – se não voltar a chover forte.
Nos registros do Corpo de Bombeiros de Paranavaí aparecem oito pontos de alagamento, a maior parte na região central da cidade. Também houve desabamento de um muro de seis metros.