Equipe aeromédica faz treinamento para socorristas em Paranavaí
No final do ano passado o Governo do Paraná implantou o serviço de resgate de vítimas de acidentes e de pacientes através de helicópteros. Na região Noroeste, a aeronave fica em Maringá e atua em uma área de até 250 quilômetros.
Desde o início das atividades 64 ocorrências já foram atendidas pelo serviço aeromédico.
Para orientar quais as situações e como proceder para requisitar o serviço, na manhã deste sábado houve um treinamento no Corpo de Bombeiros de Paranavaí para os socorristas do Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergências (Siate 193) e com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192).
TEMPO RESPOSTA – O médico Maurício Lemos é o responsável pelas equipes aeromédicas que trabalham no helicóptero. Ele explicou que o treinamento foi para estreitar o relacionamento e proporcionar a integração das equipes aérea e terrestre.
Lemos está no Samu desde 2005 e tem curso especializado em transporte aeromédico. Revelou que atualmente o serviço conta com nove médicos e cinco enfermeiros também com habilitação nesse tipo de atendimento. O aeromédico afirmou que qualquer integrante do Siate ou Samu pode fazer a solicitação do serviço, porém, o deslocamento obedecerá critérios técnicos.
O médico revelou que para realizar o transporte é necessário que as pessoas estejam “estabilizadas”, por isso, o trabalho da equipe terrestre é fundamental.
"Nem todos os pacientes poderão ser transportados. Existe uma situação técnica e também uma questão de distância para chegar a um hospital. Tudo isso é analisado para obter um melhor tempo resposta e assim salvar a vida de quem necessita do atendimento”.
CUIDADOS NO LOCAL – O médico explicou que os socorristas da equipe terrestre tem o papel importante para estabilizar o paciente ou o acidentado. Além disso, eles também devem isolar as áreas onde o helicóptero irá pousar.
“As pessoas devem estar distante no mínimo 50 metros do local onde o helicóptero irá pousar. Além disso, não devem ser colocados cones que podem voar ou fitas isolando o local, elas podem se desprender e ir para o rotor do helicóptero”, disse Lemos.
As equipes também foram orientadas a passar a localização através das coordenadas de bússolas e por pontos de referências. Por fim, os participantes do curso foram até a aeronave e verificaram seu funcionamento.