Gás de cozinha deve subir no Ano Novo

O gás de cozinha, botijão de 13 quilos, deve ter novo aumento a partir do dia 1º de janeiro. Em Paranavaí a informação ainda não chegou através das distribuidoras para as revendas, no entanto, um informe da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR – divulgado no início desta semana, aponta que o gás poderá aumentar até R$ 6,00, dependendo da distribuidora e da localidade do consumidor final.
A Associação também antecipa aumento no botijão de 45 quilos, utilizado em condomínios, restaurantes e indústria. O motivo para a majoração deste produto é o reajuste no ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
A reportagem do DN consultou duas grandes revendas da cidade ontem que informaram desconhecer o novo aumento e lamentaram a informação do reajuste. Além de dificultar a vida do cliente, não há espaço para repasse do reajuste ao consumidor final, dizem as revendas.
Outra razão que dificulta é a forte concorrência do setor. Além das revendas estabelecidas, os pequenos negócios terceirizados atrapalham as revendas, aponta um comerciante, justificando que essas pessoas não possuem empresas constituídas, portanto, praticamente não têm despesas. Com isso, conseguem um preço mais competitivo.
Atualmente é possível encontrar um botijão de gás por preços entre R$ 55,00 e R$ 70,00. No começo deste mês foi divulgado um reajuste apenas para os botijões de 20 e 45 quilos. Segundo a Associação, ficou na casa de 12,3%.
A presidente do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegas), Sandra Ruiz, falou recentemente da diferença de preços. Analisa que uma revenda deve dar assistência aos seus clientes, o que nem sempre é possível em negócios “informais”.
Por outro lado, reduzir o preço para vencer a concorrência não é uma boa estratégia, avalia, já que o mesmo não poderá praticar o valor por muito tempo.   

NOTA DA ASSOCIAÇÃO
A Associação divulgou que, após o ATO COTEPE/PMPF 2016 Número 024 – Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) de combustíveis, com efeito a partir de 1° de janeiro de 2017, as companhias distribuidoras anunciam novo aumento do botijão de gás de cozinha e cilindros de 45 quilos (este por conta do ICMS).
Além do ICMS, alerta a nota que o gás de cozinha chega ao distribuidor, parte por gasoduto e outra via terrestre através de carretas, com isso há uma variação a ser considerada pelo aumento do gás nos estados, mais a elevação do custo no frete. O preço do gás é livre, as distribuidoras definirão qual o impacto nos seus custos operacionais.
A ASMIRG orienta os revendedores que avaliem seus custos diante ao cenário de preço de compra, levando em consideração que uma elevação no preço de compra e por sua vez no preço de venda, gera aumento de faturamento da revenda, que provoca aumento nas alíquotas de contribuição de impostos. A nota é assinada por Alexandre Borjaili, presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR.