Programa social forma mais de 50 alunos em informática básica

Na última semana, nos municípios de Floraí, Terra Boa e Alto Paraná, várias turmas – com alunos de diversas faixas etárias – se formaram no curso de informática básica oferecido pela instituição financeira cooperativa Sicredi, em parceria com entidades locais que almejam promover o desenvolvimento da comunidade.
Em Terra Boa e Alto Paraná, Rotary Club e Associação Comercial de Alto Paraná (Aciap), respectivamente, apoiam a cooperativa.
O Programa Centro de Inclusão Digital, implantado há três anos, teve seu primeiro espaço em Graciosa, distrito de Paranavaí. A proposta era transformar a realidade da comunidade ao oferecer aulas de graça.
Atualmente, além dos municípios citados, São Lourenço – distrito de Cianorte e Nova Esperança também contam com um Centro de Inclusão Digital, ao todo seis centros estão em funcionamento na região noroeste do Paraná.
ALTO PARANÁ – Para o presidente da Associação Comericial de Alto Paraná, Alexandre Molin, com o passar dos dias o programa está sendo mais quisto pela população local.
“Houve certo receio por parte de todos, por ser grátis, com estrutura de qualidade e ótima didática, mas se tratando do respaldo da cooperativa, com o tempo as pessoas passaram a perceber a credibilidade da iniciativa”, comenta.
Já para o gerente da agência Sicredi de Alto Paraná, Édipo Fratucci, o êxito do programa está atrelado às parcerias com as instituições locais. “Quanto mais pessoas envolvidas, mais poderemos contribuir ao desenvolvimento regional. É um ciclo fundamental para que a cooperativa atinja as pessoas que realmente precisam do incentivo”, declara.
Segundo Sandra Michels, assessora de Programas Sociais da Sicredi União PR/SP, os centros de inclusão digital vem conquistando, cada vez mais, visibilidade e respeito. “As pessoas perceberam que o objetivo é o acesso ao conhecimento, que acaba agregando diretamente a qualidade de vida dos alunos e da comunidade”, afirma.
APRENDIZADO – De acordo com o professor de informática, Hernani de Oliveira Júnior, ao se tratar de diferentes faixas etárias, as aulas são ministradas percebendo a necessidade de cada aluno, tornando, assim, todos mais interessados.
“Enquanto os jovens exploram mais o pacote office, até para que possam estudar e se incluírem no mercado de trabalho, a melhor idade é ansiosa em descobrir o que a internet é capaz de fazer, seja ter uma conta de e-mail, acessar um site, ver um vídeo ou realizar uma pesquisa. Nosso papel, neste momento, é sermos uma porta de entrada a este mundo desconhecido”.
Para comprovar, com muito empenho e cheio de curiosidade, o aposentado José da Silva não mediu esforços para fazer parte do programa.
“Hoje, sei como funciona um monitor, o teclado e o mouse. Mas o que mais me fascinou foi encontrar informações no Google. Agora que me formei, o segundo passo é comprar um computador pra ir treinando”, conta José.