Coopervaí enfrenta redução no volume de materiais recicláveis
A quantidade de resíduos processados na Cooperativa de Seleção de Materiais Recicláveis e Prestação de Serviços de Paranavaí (Coopervaí) está diminuindo. A constatação é da assessora Vera Márcia Teixeira de Lima.
Segundo ela, a explicação está principalmente na falta de conscientização dos moradores, que não fazem a separação correta entre itens recicláveis e lixo orgânico. Aproximadamente 30% de tudo o que chega é considerado rejeito.
Vera Márcia explicou como deve ser. “De forma geral, o que é seco pode ser reciclado. O que é molhado vai para o aterro sanitário”. Obviamente, há exceções. Papel higiênico, fraldas e itens hospitalares, por exemplo, não devem ser colocados com o lixo reciclável.
O óleo de cozinha usado não precisa ser jogado fora. É possível colocar em uma garrafa pet e deixar para ser levado pela equipe da coleta seletiva. Também dá para reaproveitar componentes eletrônicos, mas, nesse caso, é preciso levá-los até a sede da cooperativa.
CRISE – Mas não se trata somente da separação incorreta dos itens recicláveis e do lixo comum. Outro aspecto tem influenciado na produção da Coopervaí. A assessora da cooperativa creditou parte da redução à crise econômica que o país enfrenta.
A situação fez com que os índices de desemprego aumentassem, forçando muitas pessoas a buscarem fontes de renda alternativa. Uma das oportunidades, disse Vera Márcia, é a coleta de produtos recicláveis.
As pessoas que trabalham na informalidade se antecipam à coleta seletiva que se destina aos cooperados. Por isso, parte do que era processado na Coopervaí há alguns meses, deixou de fazer parte da produção diária.
IMPORTÂNCIA – Vera Márcia disse que a reciclagem é fundamental para a preservação ambiental. “Estamos esgotando os recursos naturais, e essa é uma responsabilidade de todos nós”. E continuou: “O trabalho dos cooperados melhora nossa qualidade de vida”.
O aspecto social também é importante. A presidente da Coopervaí, Patrícia Cristiane dos Santos, falou sobre as mudanças que a cooperativa proporcionou na vida dos trabalhadores.
Ela afirmou que o pai trabalhou como catador, mas não tinha toda a segurança que a cooperativa oferece. “Andava na rua, com sol ou chuva. Aqui, temos toda essa estrutura, fazemos horário de almoço e o lixo é trazido até nós”. Além disso, os cooperados contribuem com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e têm direito a uma série de benefícios.