Paranavaiense, filho do preparador de goleiros esteve com ele na sexta-feira
Paranavaí participa diretamente da dor pela tragédia que envolveu a delegação do Chapecoense, na madrugada de ontem. Dois ex-profissionais do Atlético de Paranavaí – Anderson e Danilo – estão entre as vítimas do voo que levaria a equipe catarinense para a final da Copa Sul-Americana.
Ex-goleiro e trabalhando há anos como preparador, Anderson Roberto Martins tem família em Paranavaí. O filho dele, Anderson Júnior, visitou o pai em Chapecó na semana passada, inclusive assistiu a partida pela semifinal da competição que classificou o time para a finalíssima.
Se falaram pela última vez na sexta-feira, um dia antes do embarque para São Paulo, onde a equipe enfrentou o Palmeiras domingo, seguindo posteriormente para a Colômbia até Medellín, palco do que seria o maior jogo da sua história: final contra o Atlético Nacional. No encontro, pai e filho trataram de questões familiares.
Estudante de Educação Física, o rapaz destacou que o pai estava muito feliz. Ex-goleiro, jogou no Paranavaí entre 1995 e 1997. Depois, foi preparador de goleiro na temporada 2003, que culminou com o vice-campeonato do Paranavaí. Esteve na cidade há cerca de cinco anos.
A partir da conquista do vice-campeonato, rodou por outros clubes e há 8 anos trabalhava na Chapecoense. Dizia da alegria de participar de grandes jogos, incluindo a Sul-Americana e a Série A do Campeonato Brasileiro.
Era a concretização de um sonho, impossível como jogador, mas agora realizado. Para o futuro, interrompido drasticamente, o grande sonho de disputar a Taça Libertadores da América, o que aconteceria com a conquista da Sul-Americana.
Visivelmente abalado e ainda sem muitas informações, Júnior estava decidido a viajar para acompanhar a situação, mas ainda não tinha definido detalhes com a mãe, Elizete de Souza. O clube manteve contato, mas há poucas informações.
Com isso, Júnior e a mãe, em companhia de alguns familiares e amigos, se mantêm informados pela TV e Internet. Conta o jovem que recebeu a notícia da queda da aeronave no meio da madrugada.
Pelas primeiras informações, tinha noção da gravidade, confirmada pela extensão da tragédia e lista sobre o total de vítimas. O preparador físico deixa muitos amigos em Paranavaí, conquistados nos tempos de atleta e de integrante da comissão técnica atleticana.