Duas suspeitas para queda de avião que matou atletas da Chapecoense

O avião que levava a Chapecoense para Medellín, onde disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, hoje, caiu a 50 quilômetros da cidade colombiana. As causas ainda estão sendo investigadas, mas as hipóteses giram em torno de falha elétrica ou falta de combustível.
Os números finais da tragédia foram divulgados no final da tarde. São 71 mortos e seis feridos. Os únicos sobreviventes do voo foram os jogadores Alan Ruschel, Neto e Jakson Follmann; a aeromoça Ximena Suárez, o mecânico Edwin Tumiri e o jornalista Rafael Henzel.
O goleiro Danilo chegou a ser resgatado com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
Em princípio se falou que 81 pessoas estavam a bordo entre 72 passageiros e nove tripulantes. Depois, porém, confirmou-se que quatro destes passageiros acabaram não embarcando.
O zagueiro Neto foi o último encontrado com vida, debaixo das fuzilagens do avião. Com o resgate tardio dele, cresceram as esperanças de que possam haver mais sobreviventes.
19 jogadores da Chapecoense, a comissão técnica encabeçada por Caio Júnior, dirigentes do clube, o presidente da federação catarinense (Delfim Peixoto), jornalistas de Fox Sports (dentre eles o ex-meia Mario Sérgio) e Globo faleceram na queda.
CAUSAS/SUSPEITAS – Ainda não há nenhuma informação oficial do que fez cair o avião que levava a Chapecoense até Medellín, mas uma das suspeitas começa a ganhar muita força na Colômbia.
Segundo vários veículos locais, uma outra aeronave foi colocada na frente em uma lista de prioridade de pouso, o que obrigou o veículo que transportava o clube brasileiro a fazer voltas e esperar. Isso teria acabado com o combustível disponível e ocasionado a queda.
Segundo divulgaram nas maiores redes de notícias colombinas (como a emissora RCN, a Rádio Caracol e os jornal O Tiempo e El Espectador), duas aeronaves apresentaram problemas. A que levava a Chapecoense teve falhas elétricas quando estava a apenas 50 quilômetros do aeroporto de Antióquia e pediu prioridade de pouso. Ao mesmo tempo, porém, um voo da companhia Viva Colômbia solicitou emergência por problemas técnicos.
Na aeronáutica, o nível de emergência se sobrepõe ao de prioridade, o que fez com que o voo da Viva Colômbia tivesse preferência na aterrissagem. Esse voo havia saído de Bogotá e tinha San Andrés como destino, mas havia desistido da rota e fazia o retorno em busca de um aeroporto.
Como não teve o pouso autorizado, o avião da Chapecoense teve que fazer dois círculos no ar. Isso teria feito com que a aeronave rodasse mais quilômetros do que podia e acabou com o combustível da aeronave.
Há alguns indícios de que isso pode ser verdade. O principal deles é de que o avião não explodiu ao se chocar. Se ele tivesse combustível nos tanques, isso seria inevitável.