Polícia Civil trocará informações com a Polícia Federal para descobrir autoria das explosões
A Polícia Civil (PC) trocará informações com a Polícia Federal (PF) para tentar esclarecer as explosões ocorridas em cinco agências bancárias no último final de semana em Terra Rica. A informação foi prestada pelo delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP) de Paranavaí, Luiz Carlos Mânica.
O delegado-chefe também afirmou que o setor de inteligência de Paranavaí colaborará com as investigações. Mânica lembrou que o caso é idêntico a série de explosões que aconteceu no mês de agosto. Por causa das particularidades dos crimes, a principal hipótese é que os dois atos foram praticados por integrantes de uma mesma quadrilha.
REFORÇO – Antes mesmo das explosões ocorridas nos bancos durante a madrugada do último domingo, a Polícia Militar (PM) mantinha um reforço de efetivo em Terra Rica. A medida tinha sido tomada depois que três pessoas foram assassinadas na cidade em período inferior a uma semana.
De acordo com a responsável pela seção de Comunicação Social do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), aspirante Railane do Nascimento Guedes, na cidade há policiais militares do setor de inteligência, equipes da ROTAM (Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas) e da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas).
A aspirante disse que o reforço policial tem o objetivo de proporcionar mais segurança e tranquilidade à comunidade. A policial concluiu que não há motivos para o pânico e garantiu que o efetivo permanecerá em Terra Rica até a situação voltar a normalidade.
EXPLOSÕES – Na madrugada do último domingo, criminosos explodiram os cofres das agências do Bradesco, Itaú, Sicredi e Sicoob. Somente a agência da Caixa Econômica Federal (CEF) escapou da ação porque o sistema de segurança foi acionado e liberou uma cortina de fumaça, que prejudicou a visão dos ladrões. Eles desistiram da ação.
A forma de agir dos criminosos fez a Polícia Civil acreditar que os ladrões podem ser da mesma quadrilha que fez roubos parecidos no início do mês de agosto. Na ocasião foram explodidos 13 terminais de caixas eletrônicos de quatro agências bancárias.
Outro fator que faz a polícia acreditar que seja uma mesma quadrilha é a forma de monitorar a cidade, o horário em que ocorreram as explosões e os calibres de armas usadas para intimidar a polícia. Nas duas ocasiões são iguais os detalhes mencionados.
AÇÃO SINCRONIZADA – As explosões ocorridas no mês de agosto e as que aconteceram no último final de semana foram bastante parecidas. A diferença é que desta vez os ladrões nem se importaram com os caixas eletrônicos e foram direto aos cofres dos bancos.
Estima-se que participaram do assalto cerca de 20 pessoas. Parte da quadrilha fazia as explosões nas agências bancárias e o restante estava próximo ao destacamento da PM e da Delegacia. Eles disparavam tiros com armas de grosso calibre em direção aos policiais que ficaram encurralados no interior dos prédios.
Na fuga os criminosos deixaram “miguelitos” (conjunto de pregos entrelaçados por fios de arame para furar pneus de carros) na frente da delegacia e do destacamento da PM. A tática deu certo e, com os pneus furados, os policiais não tiveram como fazer a perseguição.
A exemplo do roubo de agosto, a PM também encontrou um veículo jogado no Rio Paranapanema. O carro foi encontrado na manhã do domingo. A suspeita é a de que o carro tenha sido usado pelos bandidos. O Instituto de Criminalística de Maringá se deslocou até Terra Rica e realizou a perícia.