Santa Casa de Paranavaí implanta usina de compostagem e já se torna exemplo

Uma atividade da Santa Casa de preservação do meio ambiente e produção de alimentos saudáveis, livres de produtos químicos, já está servindo de exemplo antes mesmo do processo estar concluído. Trata-se de uma unidade de compostagem instalada na horta do hospital, que está aproveitando sobras da cozinha.
“Não é resto de comida dos pratos ou panelas”, explica Eliane Sales Bonatto, da equipe de Segurança no Trabalho da Santa Casa, formada em Gestão Ambiental e pós-graduanda em Auditoria, Perícia e Educação Ambiental. “O que aproveitamos são as cascas de legumes e frutas, que antes iam para o lixo comum de orgânicos e agora estão virando adubo”, completa ela.
A Santa Casa está inserida entre os chamados grandes geradores de lixo e, por isso, é responsável por sua destinação, pagando pela coleta e transporte dos resíduos. O lixo reaproveitado significa também economia para o hospital.
Para construir a unidade de compostagem, Eliane e sua equipe contam que aproveitaram restos de material de construção, como lajotas e tábuas para fazer as caixas.
“A decomposição acontece de forma natural. Basta usar algumas técnicas para evitar, por exemplo, que exale mau cheiro. A compostagem leva, em média, 90 dias. E se torna um adubo superior ao químico. Mas a grande vantagem é que ele não faz mal à saúde”, diz Eliane.
A iniciativa já foi apresentada em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e na Feira de Ciências da Fatecie, em Paranavaí.
Eliane Bonatto diz que o que vem da cozinha da Santa Casa é insuficiente para produzir a compostagem necessária para a horta da instituição.
“Vamos estimular os funcionários a trazer de casa o que eles não aproveitam na cozinha doméstica. Assim vamos ampliar a produção de compostagem de forma a atender toda a plantação de hortaliças do hospital”, diz.
Para Eliane Bonatto, a prática da compostagem deveria ser disseminada entre a população. “Falta ainda cultura na população. Temos que disseminar esta prática. Quem não produz o suficiente para a compostagem pode doar para quem produz, a Santa Casa, por exemplo”, defende a chefe de segurança no trabalho do hospital.