Tiro, porrada e bomba: a violência nas escolas públicas de Paranavaí
“Os professores se formam com a expectativa de transmitir conhecimentos, se preparam para ensinar os conteúdos e tirar dúvidas. Mas existem obstáculos. Vandalismo, agressão e desrespeito afetam muito a educação”.
A declaração da professora Luci Maria Dias Onório revela a preocupação com o alto índice de violência nas escolas públicas de Paranavaí. Ela é diretora do Colégio Estadual Silvio Vidal, localizado no Jardim São Jorge. “Há um desgaste muito grande dos professores. Estão sem condições de ensinar como deveriam”.
Luci afirmou que 60% dos professores já tiveram problemas de saúde ao longo deste ano e precisaram se afastar para que concluíssem os tratamentos médicos. Os atos de violência provocam estresse e doenças.
Para se ter uma ideia, basta voltar um pouco no tempo. Há menos de 15 dias, um aluno foi baleado em frente ao colégio. Ele não se feriu gravemente, mas teme que o agressor volte, por isso, deixou de ir às aulas desde o atentado. “Ele tem medo de morrer”, disse a diretora.
Na semana passada, mais violência. Estudantes colocaram fogo em lixeiras e explodiram uma bomba dentro do banheiro. Dias depois, duas alunas se agrediram verbal e fisicamente. Pelas contas de Luci, a lista é bastante longa, com ameaças a professores, arrastões dentro da escola e depredação do patrimônio. “A gente aqui está como refém”.
Luci falou de uma situação bastante peculiar. Às vésperas da eleição, foram investidos aproximadamente R$ 3.000 na troca de vidros quebrados em salas de aula. No dia seguinte ao pleito, foram danificados novamente.
É COMUM – Mas esse problema não está restrito ao Colégio Estadual Silvio Vidal. O sargento Valdinei Costa da Silva, da Patrulha Escolar de Paranavaí, disse que os casos de agressão em escolas são comuns, tanto quanto danos ao patrimônio público e desacato a professores.
Na última quinta-feira, por exemplo, alunos do Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro (próximo à Catedral Maria Mãe da Igreja) esvaziaram um extintor e quebraram vidros. O comportamento violento começou quando eles se recusaram a entrar na sala de aula.
EFEITOS – Os educadores não são os únicos que sofrem com a questão da violência. Os próprios alunos são prejudicados. “Eles se sentem acuados com ameaças. Ficam com medo. Isso atrapalha bastante”, disse a diretora do Silvio Vidal.
PREVENÇÃO – O sargento da Patrulha Escolar disse que além da mediação de conflitos, os policiais que atuam nas instituições de ensino fazem trabalhos preventivos, orientando alunos, pais e professores. “Auxiliamos as equipes pedagógicas para evitar atos infracionários”, destacou Silva.
Ele informou que a Patrulha Escolar percorre todo o perímetro urbano de Paranavaí e dos distritos. Sempre que pessoas com atitudes suspeitas são identificadas perto de escolas, os policiais fazem abordagens e verificam se há riscos para os alunos.
Além disso, a atuação inclui reuniões com alunos, pais e professores e palestras em sala de aula. “Fazemos o trabalho de Polícia Comunitária”, explicou o sargento. Somente em casos mais graves de violência é que os infratores são encaminhados à Delegacia de Polícia Civil.
SOLUÇÃO – Se o ambiente oferece dificuldades para as equipes pedagógicas, é preciso encontrar maneiras de contornar os problemas. Uma das apostas da diretora Luci é pedir o apoio de toda a comunidade para vencer a violência.
Ela tem realizado reuniões e discussões sobre o assunto. Participam representantes das polícias Militar e Civil, de órgãos de segurança, de conselhos comunitários, do Núcleo Regional de Educação e da Promotoria Pública. “Estamos buscando soluções para a violência dentro do Silvio Vidal”, garantiu Luci.
A declaração da professora Luci Maria Dias Onório revela a preocupação com o alto índice de violência nas escolas públicas de Paranavaí. Ela é diretora do Colégio Estadual Silvio Vidal, localizado no Jardim São Jorge. “Há um desgaste muito grande dos professores. Estão sem condições de ensinar como deveriam”.
Luci afirmou que 60% dos professores já tiveram problemas de saúde ao longo deste ano e precisaram se afastar para que concluíssem os tratamentos médicos. Os atos de violência provocam estresse e doenças.
Para se ter uma ideia, basta voltar um pouco no tempo. Há menos de 15 dias, um aluno foi baleado em frente ao colégio. Ele não se feriu gravemente, mas teme que o agressor volte, por isso, deixou de ir às aulas desde o atentado. “Ele tem medo de morrer”, disse a diretora.
Na semana passada, mais violência. Estudantes colocaram fogo em lixeiras e explodiram uma bomba dentro do banheiro. Dias depois, duas alunas se agrediram verbal e fisicamente. Pelas contas de Luci, a lista é bastante longa, com ameaças a professores, arrastões dentro da escola e depredação do patrimônio. “A gente aqui está como refém”.
Luci falou de uma situação bastante peculiar. Às vésperas da eleição, foram investidos aproximadamente R$ 3.000 na troca de vidros quebrados em salas de aula. No dia seguinte ao pleito, foram danificados novamente.
É COMUM – Mas esse problema não está restrito ao Colégio Estadual Silvio Vidal. O sargento Valdinei Costa da Silva, da Patrulha Escolar de Paranavaí, disse que os casos de agressão em escolas são comuns, tanto quanto danos ao patrimônio público e desacato a professores.
Na última quinta-feira, por exemplo, alunos do Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro (próximo à Catedral Maria Mãe da Igreja) esvaziaram um extintor e quebraram vidros. O comportamento violento começou quando eles se recusaram a entrar na sala de aula.
EFEITOS – Os educadores não são os únicos que sofrem com a questão da violência. Os próprios alunos são prejudicados. “Eles se sentem acuados com ameaças. Ficam com medo. Isso atrapalha bastante”, disse a diretora do Silvio Vidal.
PREVENÇÃO – O sargento da Patrulha Escolar disse que além da mediação de conflitos, os policiais que atuam nas instituições de ensino fazem trabalhos preventivos, orientando alunos, pais e professores. “Auxiliamos as equipes pedagógicas para evitar atos infracionários”, destacou Silva.
Ele informou que a Patrulha Escolar percorre todo o perímetro urbano de Paranavaí e dos distritos. Sempre que pessoas com atitudes suspeitas são identificadas perto de escolas, os policiais fazem abordagens e verificam se há riscos para os alunos.
Além disso, a atuação inclui reuniões com alunos, pais e professores e palestras em sala de aula. “Fazemos o trabalho de Polícia Comunitária”, explicou o sargento. Somente em casos mais graves de violência é que os infratores são encaminhados à Delegacia de Polícia Civil.
SOLUÇÃO – Se o ambiente oferece dificuldades para as equipes pedagógicas, é preciso encontrar maneiras de contornar os problemas. Uma das apostas da diretora Luci é pedir o apoio de toda a comunidade para vencer a violência.
Ela tem realizado reuniões e discussões sobre o assunto. Participam representantes das polícias Militar e Civil, de órgãos de segurança, de conselhos comunitários, do Núcleo Regional de Educação e da Promotoria Pública. “Estamos buscando soluções para a violência dentro do Silvio Vidal”, garantiu Luci.
CONTRAPONTO
Diretora exalta o desempenho dos alunos que não se envolvem em atos violentos
Mas nem tudo se resume a problemas. A diretora do Colégio Estadual Silvio Vidal fez questão de exaltar o desempenho dos alunos que não se envolvem em atos violentos e têm mais facilidade para se dedicar aos estudos.
Na avaliação de Luci, é preciso valorizar esses estudantes e incentivá-los a buscar o crescimento dentro da comunidade escolar. “Temos muitos alunos bons e dedicados. Com isso, conseguimos desenvolver bons trabalhos dentro da escola”.