Volta da chuva e mudança de estação preocupam Vigilância

A volta da chuva nesta semana e a proximidade com a nova estação com temperaturas mais elevadas, estão preocupando a Vigilância em Saúde de Paranavaí. A combinação pode se tornar muito favorável para a proliferação do Mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças graves como a Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus.  
Depois de mais de dois meses sem casos positivos, a cidade voltou a registrar um paciente com dengue no mês passado. O paciente foi notificado no dia 15 de julho. O número de casos da doença em 2016 é de 135.
A leitura da Vigilância é que, mesmo com a ausência de confirmações anteriores, o vírus estava presente. O número de notificações de casos suspeitos mantém a média de 02 por dia, informa Randal Calil Fadel, diretor da Vigilância em Saúde de Paranavaí.
O último Levantamento de Índice Rápido – LIRA – feito em agosto, apresentou apenas 0,2% de focos de Aedes aegypti na cidade. A OMS – Organização Mundial de Saúde – considera tolerável até 1%. Ainda assim, não há espaço para tranquilidade.
Fadel Filho vem constatando o aumento do número de larvas nos últimos dias. Dentre as razões, locais negligenciados como construção e piscinas. A confirmação sobre essa perspectiva deve acontecer com o novo LIRA, previsto para outubro.
Também chama a atenção o grande número de lixões clandestinos, formados pela população nas mais diversas áreas da cidade. A Vigilância tem pelo menos dez pontos críticos, limpos constantemente.
Eles rapidamente voltam a ser depósitos de lixo, já que parte da comunidade ainda não se conscientizou dos riscos. O lixo contém muitos objetos que podem reter água da chuva e, desta forma, tornar-se criadouros do mosquito.