Bauza agradece ao São Paulo e se diz satisfeito: “Time com identidade”

O técnico argentino Edgardo Bauza anunciou ontem de manhã sua ida para a seleção argentina. Após oito meses de trabalho, “Patón” agradeceu ao gerente executivo de futebol, Gustavo VIeira, ao time e a toda torcida do São Paulo.
“É difícil eu não começar a dar agradecimentos. São muitos. A primeira pessoa com quem falei foi o Gustavo, em Quito (Equador), por dois dias, falando sobre a equipe do São Paulo. Selamos um acordo e começamos a trabalhar. Depois, queria agradecer ao clube, que me abriu as portas e a todo o corpo técnico para que pudéssemos trabalhar e nos facilitou a trabalharmos da melhor maneira”, disse.
Bauza agora realizará o sonho de treinar a seleção de seu país, que estava sem técnico após a saída de Tata Martino. Ele acabou derrotado na final da Copa América do Centenário, nos Estados Unidos, para o Chile, na disputa por pênaltis.
“A decisão basicamente foi tomada analisando-se a importância da seleção de meu país. As possibilidades que tem de jogadores para armar uma boa equipe. Não é que rio e penso ‘Ah, vou embora’. Mas o que acontece é que não sei se terei em outro momento a possibilidade de treinar a equipe do meu país. Foi o momento para aceitar a proposta”, explicou.
Sobre seu legado deixado na equipe do Morumbi, “Patón” se disse satisfeito com seu trabalho e comemorou o fato da equipe ter chegado, ao menos, até a semifinal da Copa Libertadores – perdeu os dois jogos para o Atlético Nacional-COL (2×0 e 2×1).
“Queríamos chegar mais acima, mas fomos um dos quatro melhores da América, o que não deixa de ser um orgulho. Havia uma ideia que era dar uma identidade à equipe. Faz mais de três anos que São Paulo não ganha um título. Dar a identidade acho que conseguimos. A equipe tem, de acordo com a história do clube. Estamos tratando de melhorar ao máximo. Vou seguir trabalhando até o último segundo no clube. Que seja dois dias ou duas semanas. Acho que fiz meu melhor”, comentou.