“Não temos nada a esconder”, afirma presidente do Sindoscom de Paranavaí

Em entrevista coletiva à imprensa, na manhã de ontem, a presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí e Região (Sindoscom), Elizabete Madrona, disse que mantém uma gestão transparente. “Não temos nada a esconder”.
As prestações de contas são feitas de acordo com o que determina o estatuto interno, em assembleias e publicações legais. Além disso, existem controles rigorosos de receitas e despesas feitos pela equipe administrativa e por integrantes do conselho fiscal. Foi assim que Elizabete respondeu ao questionamento sobre a possível ocultação de informações, ideia defendida por pré-candidatos à presidência do Sindoscom que anunciaram oposição ao grupo que dirige a entidade atualmente.
A presidente informou que a eleição será realizada em fevereiro do ano que vem, por isso, ainda é cedo para comentar sobre o assunto. “Não estamos preocupados [com a formação de chapas concorrentes]. Isso é um direito democrático”.
Elizabete demonstrou preocupação com a possibilidade de haver candidatos apoiados por entidades que representam a classe patronal. “O sindicato cai em descrédito”. Mas a decisão, afirmou, ficará por conta dos trabalhadores: “Vai passar pelo crivo dos associados”.
Vale destacar que em entrevista ao Diário do Noroeste (“Funcionário de supermercado lança pré-candidatura à presidência do Sindoscom”, publicada em 22 de maio de 2016), Marcelo Aparecido Fim anunciou que fará oposição ao grupo liderado por Elizabete.
Ela está na presidência da entidade há 12 anos, garantiu que não será candidata à reeleição e afirmou que as finanças do Sindoscom estão em dia. Ainda sobre as eleições, informou que para se candidatar é preciso ser filiado há um ano e trabalhar no comércio há dois anos.
NEGOCIAÇÕES – Durante a coletiva de imprensa, a presidente do sindicato que representa os empregados no comércio de Paranavaí e municípios da região falou sobre as negociações com os sindicatos patronais para definir, entre outros tópicos, o reajuste salarial.
O índice que aparece no rol de reivindicações elaborado durante a assembleia geral dos trabalhadores, no dia 1º de maio deste ano, é de 20%. O percentual é alto para que seja possível negociar com os empresários. “Vamos ser firmes na defesa dos interesses da categoria”.
Elizabete destacou que algumas vezes as conversas se estendem por mais tempo do que o previsto, por isso, pode haver atraso no fechamento da Convenção Coletiva do Trabalho, que é o acordo formal entre o Sindoscom e as entidades que representam a classe patronal. “A negociação é imprevisível”.
Segundo a presidente, o Sindoscom mantém tratativas com sete sindicatos, incluindo o comércio varejista, concessionárias de automóveis, funerárias, madeireiras e siderúrgicas.