Com ministro das Cidades, governador discute retomada de obras no Paraná

BRASÍLIA – A retomada, no Paraná, de obras federais de habitação e de saneamento foi um dos principais assuntos discutidos pelo governador Beto Richa e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, em encontro, ontem, em Brasília.
“É muito importante que o governo federal retome as obras, pois essas são áreas que se refletem diretamente nas condições de vida da população. Nos últimos anos, o Paraná avançou em habitação e saneamento e queremos continuar nesse caminho”, disse Richa, que esteve acompanhado do presidente da Cohapar, Abelardo Lupion, e do presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche.
Entre as responsabilidades do Ministério das Cidades está o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O governador destacou a boa parceria com o governo federal nesse programa e solicitou ao novo ministro a retomada das obras de construção de casas no Paraná. “O Paraná passa por uma verdadeira revolução habitacional. Precisamos ampliar e retomar os investimentos nessa área”, afirmou.
O ministro Bruno Araújo disse que o Paraná pode contar com o total apoio do Ministério das Cidades e que o objetivo, agora, é dar andamento ao programa Minha Casa Minha Vida e fazer o possível para destravar os processos e dar mais agilidade na contratação de moradias, além das obras de saneamento.
MANTER PARCERIA – Desde 2011, já foram atendidas 105 mil famílias com construção, regularização e reformas de moradias urbanas e rurais. Os investimentos ultrapassam R$ 3,7 bilhões em todos os municípios do estado.
“Temos muito interesse em manter a parceria com o Governo Federal e precisamos saber se os investimentos em habitação de interesse social serão retomados”, destacou o presidente da Cohapar, Abelardo Lupion.
SUGESTÃO DE AÇÕES – Beto Richa entregou ao ministro Bruno Araújo um documento com sugestões de ações para a política habitacional do governo federal. Entre os pedidos está a construção de mais moradias nos municípios com população inferior a 50 mil habitantes, a criação de Fundo de Investimento Imobiliário e a ampliação do programa de regularização de moradias irregulares.
“Em época de poucos recursos, seria recomendável o Governo Federal desenvolver um novo programa que estimulasse a titulação de propriedades, cujo resultado é tão relevante quanto à produção de unidades habitacionais e custam 5% disso”, sugere o documento.