Justiça autoriza o exame de DNA que pode esclarecer desaparecimento

O Poder Judiciário e o Ministério Público de Loanda autorizaram a coleta de material (sangue) de uma criança de pouco mais de dois anos. Ela pode ser Heloísa Barbosa Moreno, desaparecida há mais de dois anos, quando tinha menos de 30 dias de vida.
Ela saiu de casa com a mãe Patrícia Barbosa Pereira em janeiro de 2014. O material será confrontado com o da avó Nice dos Santos Barbosa Pereira, 55 anos, e com a sua suposta irmã de seis anos.
A criança em questão foi adotada por uma família e reside atualmente na região de Loanda. Ela já havia colhido o sangue há cerca de 10 dias e na tarde de ontem foi a vez da avó e da irmã da desaparecida cederem o material.
Ambas foram acompanhadas por um escrivão e por um funcionário do Instituto Médico Legal (IML) ao Pronto Atendimento Municipal (PAM).
A previsão era que as amostras de sangue seguiriam para Curitiba na madrugada de hoje (16). Uma equipe do IML sairia para levar o material. O resultado do exame deverá demorar alguns meses.
A autorização para liberação do exame era aguardada desde setembro do ano passado quando o delegado Gustavo Bianchi fez o pedido para o Poder Judiciário de Loanda. Com o final das férias forenses, no início de janeiro desse ano, a expectativa aumentou.
ESPERANÇA – O Diário do Noroeste (DN) conversou com Dona Nice dos Santos Barbosa Pereira, ela é mãe de Patrícia Barbosa Pereira. Com sorriso no rosto, disse que tem esperança de ter encontrado a neta.
Ao ser questionada sobre a aflição de esperar por meses o resultado do exame, a dona de casa foi taxativa. “Quem está esperando há mais de dois anos, alguns meses passarão voando. Acredito que foram mais angustiantes os últimos meses quando fiquei aguardando o telefone tocar para ser chamada para doar o sangue para o exame”.
Dona Nice comentou que a esperança aumenta com a possibilidade de a criança ser sua neta. A dona de casa afirmou que ainda não teve contato com a menina, que viu através de uma foto quando a mesma tinha seis meses de vida. “Ela lembra muito a minha neta. Pode ser a minha outra neta sim. Tenho esperança de tê-la encontrado. Agora é aguardar o resultado”, disse Nice.
A alegria da família só não é maior porque ainda não há nenhuma pista sobre o paradeiro de Patrícia. “Tenho fé em Deus que esse será o primeiro passo. Logo minha neta estará em casa e quem sabe se no futuro também encontraremos minha filha”, falou a suposta avó.
RELEMBRE – Mãe e filha sumiram no dia 6 de janeiro de 2014. Na ocasião Patrícia saiu com Heloísa, então com 22 dias. Ambas iriam a um posto de saúde, onde a criança tomaria vacina. Os familiares informaram que elas estavam sem os documentos pessoais e apenas com as roupas do corpo, além de R$ 10,00 para pagar o ônibus.
Durante as investigações várias informações foram averiguadas e nenhuma teve procedência. Telefones foram rastreados e a perícia científica fez um exame utilizando produtos que mostram evidência de sangue em uma casa localizada em Paranavaí.
Os investigadores realizaram diversas buscas em locais variados apontados por denúncias anônimas. Nenhuma das informações levou até uma pista concreta que poderia indicar o que de fato aconteceu após o dia do desaparecimento de mãe e filha. Na atual fase de investigação, a novidade que pode dar uma guinada nos fatos é o resultado deste exame de DNA.