Rede pública intensifica campanha pelo teste de HIV em tempos de Carnaval

O Ministério da Saúde estipulou como meta que 90% de todas as pessoas vivendo com HIV conheçam seu status. Também que 90% das pessoas diagnosticadas recebam terapia antirretroviral (medicamentos para tratar infecção por retrovírus, dentre os quais, HIV). Por fim, que 90% das pessoas recebendo tratamento possuam carga viral indetectável, que significa que não transmitem mais o vírus. 
Para que tais metas sejam alcançadas algumas ações devem ser reforçadas, como a testagem para conhecimento do status sorológico (portador do HIV), pois é a partir deste diagnóstico que as demais ações são desencadeadas.
Esta será uma das bandeiras dos serviços de saúde para o período de Carnaval e intensificadas durante a folia, a partir da próxima sexta-feira em bailes desfiles ou com os chamados paradões de conscientização. Todas as pessoas devem fazer o teste, pois, como lembram as autoridades de saúde, não existe mais grupo de risco e sim situações de risco.  
Conhecer a sorologia é importante, pois a AIDS continua matando. Em 2014, por exemplo, o número de mortes relacionadas à doença no Brasil foi de 16 mil, sendo que o número estimado de novas infecções por HIV naquele ano tenha chegado a 44 mil. Em 2014 o Brasil já apresentava 734 mil pessoas vivendo com HIV. Os dados são do Ministério da Saúde.
HIV/AIDS EM NÚMEROS – Do primeiro caso diagnosticado, nos anos 80, até o ano de 2015 foram registrados 44.460 casos de AIDS e HIV no Paraná. Destes, 648 são no Noroeste do Estado, área da 14ª Regional de Saúde de Paranavaí.
Do total notificado, 55,70% dos casos são em pessoas do sexo masculino, e 44,30% em mulheres, sendo que entre os casos femininos 20,9% são em gestantes.  
A faixa etária de maior incidência é de 30 a 49 anos – 54,42%. As demais faixas estão assim distribuídas: Menos de 05 anos: 1,36%; Entre as pessoas de 15 a 29 anos: 31,32%; Entre as pessoas de 50 a 69 anos: 12,4%. Para os maiores de 70 anos: 0,5%. 
Os números mostram ainda que a maioria – 74,4% – a exposição ao vírus se dá por relação heterossexual. Em 11% dos casos são relações homossexuais e 6,5% não se tem informação.
Ainda são relevantes: 5,7% em relações bissexuais; 1,2% por Transmissão Vertical (de mãe para filho durante a gestação, no parto ou pelo aleitamento) e 1,2% por uso de drogas.
CARNAVAL – A 14ª Regional de Saúde está promovendo a distribuição de 144 mil preservativos, além de repasse de cerca de 1.000 kits de testagens rápida de HIV, este último dentro da estratégia de identificar o maior número de portadores. 
Nas 28 cidades que compõem a Regional as ações devem se concentrar em Panfletagem, paradão, palestras, além das testagens para HIV, Sífilis e Hepatites B e C. 
PARANAVAÍ – Também como estratégia para barrar o avanço do HIV, Paranavaí deve realizar no dia 6 (sábado) o tradicional paradão com panfletagem e orientação para que as pessoas façam o teste. O já tradicional Bloco da Saúde deve percorrer os bairros e participar do Carnaval de Rua.
Em Paranavaí o teste rápido pode ser feito no SINAS – Sistema Integrado de Atendimento em Saúde – Rua Rio Grande do Norte, 1.840. Informações pelo telefone 3424-8574. 
As informações foram prestadas pela coordenadora do Programa DST/AIDS na Regional – Maria da Penha Francisco; Verônica Moraes Francisquini Gardin – diretora da 14ª Regional de Saúde; Marielza Sestário – coordenadora do Programa DST/AIDS em Paranavaí.
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