Reunião técnica tratou sobre combate a dengue, zika vírus e chikungunya
Equipes técnicas da 14ª Regional de Saúde e das prefeituras do Noroeste do Paraná se reuniram ontem, em Paranavaí, para tratar sobre o combate ao Aedes aegypti e às doenças que o mosquito transmite: dengue, zika vírus e febre chikungunya.
Durante o encontro, também conversaram sobre a identificação dos sintomas, a coleta de sangue para análises laboratoriais e os cuidados médicos necessários para os pacientes com uma das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 14ª Regional de Saúde, Walter Sordi Junior, afirmou que o índice de infestação pelo mosquito é alto, o que põe em risco toda a população dos municípios do Noroeste do Paraná. Por isso, as equipes técnicas precisam estar preparadas.
Ele também chamou a atenção dos moradores para a importância de buscarem atendimento médico sempre que identificarem alguns dos sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, principalmente febre alta e dores no corpo.
De acordo com Sordi Junior, a identificação desses pacientes logo nos primeiros dias em que os sintomas surgem é fundamental para determinar se trata de dengue, zika vírus ou febre chikungunyua. Além disso, é possível tomar as medidas de controle do mosquito nas regiões por onde as pessoas doentes passaram, ou seja, fazer o chamado bloqueio.
DENGUE – Desde o começo deste ano, a 14ª Regional de Saúde já registrou 111 notificações de casos suspeitos de dengue nos municípios do Noroeste do Paraná. Desse total, 14 foram confirmados, 32 negativados e 65 aguardam resultados de exames laboratoriais.
Conforme o chefe da Divisão de Vigilância Sanitária, a quantidade excessiva de Aedes aegypti expõe o risco de novas epidemias não somente de dengue, mas das outras doenças. Em Paranavaí, por exemplo, foram notificados três casos suspeitos de zika vírus, os testes ainda não foram concluídos.
Para se ter uma ideia sobre o percentual de infestação, basta avaliar os resultados obtidos em cada município a partir do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Lira). Em São Pedro do Paraná, por exemplo, foram 6,78%. Em Nova Aliança do Ivaí, 6,35%. Em Santa Isabel do Ivaí, 4,02%. Em Paranavaí, 2,8%. Vale destacar que o Ministério da Saúde considera como tolerável 1%.
MOBILIZAÇÃO – No dia 6 de fevereiro, uma mobilização estadual será realizada para chamar a atenção dos moradores sobre o problema. A ideia é fazer com que todos os municípios paranaenses participem, com ações que incentivem a população a vistoriar e limpar os quintais. A chamada “Hora H” será às 10 horas.