Laudo sobre os estragos no minipresídio deverá ser entregue nos próximos dias

A reforma no minipresídio de Paranavaí não tem data certa para começar. Enquanto isso, duas alas não estão sendo usadas por causa dos estragos causados durante a rebelião ocorrida no mês de dezembro do ano passado. Nos próximos dias o chefe da 5ª Regional de Cadeia Pública, Silvino José Molina de Souza, deverá receber o laudo com as obras necessárias e os custos da reforma. 
Souza explicou que até o final desta semana a empresa Paraná Edificações ficou de passar o laudo. Somente depois disso é que os valores deverão ser liberados pelo Governo. A previsão é que se o tempo ajudar a reforma demorará no mínimo 30 dias e no máximo 45 dias. 
“Acredito que nos próximos 10 dias teremos uma posição exata de cronograma para execução da reforma. Por enquanto a única certeza é que estamos nos desdobrando para agilizar a reforma”, disse o chefe.
SEM VISITAS – Antes da rebelião 243 presos estavam divididos em quatro alas. Por causa dos estragos provocados na rebelião, duas delas foram inutilizadas. Na tarde de ontem 247 pessoas estavam acomodadas nas alas que não foram danificadas. “Estamos fazendo de tudo para dar condições dignas para os presos”, disse Souza.
A falta de espaço traz o reflexo de impossibilitar as visitas de familiares. Tradicionalmente essas visitas aconteciam todas as sextas-feiras. A explicação do chefe da 5ª Regional de Cadeia Pública para o cancelamento é que não há espaço para receber os familiares dos detentos com segurança.
REBELIÃO – A rebelião teve início no dia 17 de dezembro e durou 22 horas (a mais longa da história da cadeia pública local). O fim do motim aconteceu com a libertação do agente penitenciário mantido refém. O servidor público estava desidratado e sem ferimentos. 
Na época os rebelados reclamavam da superlotação e reivindicam mudanças na equipe de agentes penitenciários. Além disso, os presos reclamaram da alimentação servida e pediram melhoria na qualidade da alimentação.