Um pai para amar

Rogério J. Lorenzetti*

Por vezes lembro do meu pai, homem correto, trabalhador e cumpridor das suas responsabilidades. Nós o perdemos quando eu tinha dezessete anos, vítima de um infarto fulminante aos cinquenta e cinco anos.
De uma geração austera, não era de muitos afagos nos filhos, mas sempre buscou, nas dificuldades impostas pela vida, dar a nós o essencial para que tivéssemos conforto e condições dignas de subsistência.
Fiquei sem ele muito jovem, tendo que me virar para levar a cabo a continuidade do seu trabalho na gestão da maioria do patrimônio conquistado por ele e minha mãe.
A vida seguiu e hoje estou aqui, com meus filhos amados. Agora nesta condição sinto a importância dos pais na formação das crianças que a providência divina confia a nós.
Fico a pensar naquelas que são criadas sem esta figura importante na constituição das famílias. Ter um pai para orientar e ajudar nas dificuldades é tudo de bom. Sei que hoje muitas crescem com a ausência da figura paterna, por mães valorosas e provedoras, mas fica uma lacuna que dificilmente é preenchida pela atenção de outras pessoas.
Dignificar e dar atenção aos conselhos paternos é uma forma de valorizar a presença deste amigo junto à nossa vida. Por mais dificuldades que tenhamos de passar, um pai carinhoso fará a diferença sempre.
Fica a dica àqueles que têm a felicidade de abraçar e confraternizar com ele este dia, façam mesmo, demonstrem a importância dele e o reconhecimento por tudo que faz e representa para nós.
Pode ser que o destino nos separe, como foi meu caso e de muitos outros, mas ficará o sentimento de amor e reconhecimento pela presença dele na nossa vida.

*Rogério J. Lorenzetti, ex-prefeito de Paranavaí, período de 2009/2016