Rebelião termina após 22 horas de muita tensão
Ontem, pouco depois das 14h, os presos libertaram o agente penitenciário, feito refém no dia anterior. Foi o gesto que marcou o fim da mais longa rebelião que se tem notícia na Cadeia Pública de Paranavaí.
Foram 22 horas de tensão e muita negociação que mobilizou forte aparato policial e a comunidade paranavaiense.
Recebido pela família após a liberação, o agente penitenciário preferiu ir embora sem dar declarações. Ele estava desidratado, mas não tinha ferimentos.
Com a saída do refém, o Pelotão de Choque da Polícia Militar entrou no presídio e assumiu o controle. A rendição dos rebelados foi negociada por uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PM, que veio de Curitiba para esta intervenção.
A partir do controle, teve início imediatamente a nova fase com levantamento dos estragos e revista no interior da cadeia. Inicialmente foi confirmada uma série de estragos, inclusive com a retirada, pelos rebelados, de várias portas de celas e de parte do concreto em algumas alas.
Apesar da grande proporção, a rebelião foi parcial e não contou com a participação de presos da ala de containers. Mas, essa área também pode ter sido afetada – parte dos detentos teria forçado as paredes.
Mais de 170 presos se envolveram no motim. Superlotada, a cadeia tinha 243 detentos, conforme contagem da última quarta-feira.
REIVINDICAÇÕES – Depois de uma noite complicada – com direito a queima de alguns colchões – e manhã em compasso de espera e retirada de um rebelado que passou mal – os presos que se concentravam no solário concordaram com a rendição a partir da apresentação de uma carta contendo reivindicações.
O documento foi entregue pelos detentos a um juiz com a presença de representantes do Ministério Público e da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil (Setor de Recursos Humanos).
Em linhas gerais, os presos reclamam da superlotação, reivindicam mudanças na equipe de agentes penitenciários, melhoria na alimentação. Pedem ainda “mais respeito” aos familiares durante as visitas, entre outros pontos.
POLICIAIS – O delegado Luiz Carlos Mânica, chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, informa que as reivindicações serão analisadas pelo Judiciário.
Quanto ao atendimento ou próximos passos em relação à conduta dos detentos e demais procedimentos, ficam a cargo do Departamento de Execuções Penais. Outras decisões, incluindo visitas, igualmente esta a cargo do Depen.
O delegado deve tratar, no entanto, da eventual transferência de presos. Ele lembra que pelo menos 60% dos detentos já estão condenados e deveriam estar em presídios.
A superlotação é a principal causa do motim e acontece três anos após a última fuga. Nos últimos dias aumentaram as tentativas de fuga, todas frustradas pelas equipes de agentes carcerários.
O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, major Ademar Carlos Paschoal, considerou positivo o desfecho da rebelião. Entende que houve lucidez para um entendimento e confirmou que a PM fará reforço na segurança enquanto forem necessários trabalhos adicionais de contenção dos presos, limpeza e consertos no prédio.
O TRABALHO – A rebelião teve início por volta das 16h30 desta quinta-feira, quando detentos renderam o agente numa das alas. A partir daí, uma série de transgressões, com a quebra de portas das grandes e do bloqueio entre alas. Por fim, se concentraram no salário, onde passaram a noite.
A Polícia agiu para evitar fugas e concentrou efetivo no telhado e em pontos estratégicos. Como informou o capitão Orlando Lázaro (um dos oficiais responsáveis pela comunicação com a imprensa), foi adotado o procedimento padrão, incluindo o isolamento da área.
O quarteirão acabou interditado em quatro pontos. Como lembra o oficial, a ideia é dar segurança para a população, evitando que as pessoas circulem em áreas com situação de risco.
Foram 22 horas de tensão e muita negociação que mobilizou forte aparato policial e a comunidade paranavaiense.
Recebido pela família após a liberação, o agente penitenciário preferiu ir embora sem dar declarações. Ele estava desidratado, mas não tinha ferimentos.
Com a saída do refém, o Pelotão de Choque da Polícia Militar entrou no presídio e assumiu o controle. A rendição dos rebelados foi negociada por uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PM, que veio de Curitiba para esta intervenção.
A partir do controle, teve início imediatamente a nova fase com levantamento dos estragos e revista no interior da cadeia. Inicialmente foi confirmada uma série de estragos, inclusive com a retirada, pelos rebelados, de várias portas de celas e de parte do concreto em algumas alas.
Apesar da grande proporção, a rebelião foi parcial e não contou com a participação de presos da ala de containers. Mas, essa área também pode ter sido afetada – parte dos detentos teria forçado as paredes.
Mais de 170 presos se envolveram no motim. Superlotada, a cadeia tinha 243 detentos, conforme contagem da última quarta-feira.
REIVINDICAÇÕES – Depois de uma noite complicada – com direito a queima de alguns colchões – e manhã em compasso de espera e retirada de um rebelado que passou mal – os presos que se concentravam no solário concordaram com a rendição a partir da apresentação de uma carta contendo reivindicações.
O documento foi entregue pelos detentos a um juiz com a presença de representantes do Ministério Público e da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil (Setor de Recursos Humanos).
Em linhas gerais, os presos reclamam da superlotação, reivindicam mudanças na equipe de agentes penitenciários, melhoria na alimentação. Pedem ainda “mais respeito” aos familiares durante as visitas, entre outros pontos.
POLICIAIS – O delegado Luiz Carlos Mânica, chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, informa que as reivindicações serão analisadas pelo Judiciário.
Quanto ao atendimento ou próximos passos em relação à conduta dos detentos e demais procedimentos, ficam a cargo do Departamento de Execuções Penais. Outras decisões, incluindo visitas, igualmente esta a cargo do Depen.
O delegado deve tratar, no entanto, da eventual transferência de presos. Ele lembra que pelo menos 60% dos detentos já estão condenados e deveriam estar em presídios.
A superlotação é a principal causa do motim e acontece três anos após a última fuga. Nos últimos dias aumentaram as tentativas de fuga, todas frustradas pelas equipes de agentes carcerários.
O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, major Ademar Carlos Paschoal, considerou positivo o desfecho da rebelião. Entende que houve lucidez para um entendimento e confirmou que a PM fará reforço na segurança enquanto forem necessários trabalhos adicionais de contenção dos presos, limpeza e consertos no prédio.
O TRABALHO – A rebelião teve início por volta das 16h30 desta quinta-feira, quando detentos renderam o agente numa das alas. A partir daí, uma série de transgressões, com a quebra de portas das grandes e do bloqueio entre alas. Por fim, se concentraram no salário, onde passaram a noite.
A Polícia agiu para evitar fugas e concentrou efetivo no telhado e em pontos estratégicos. Como informou o capitão Orlando Lázaro (um dos oficiais responsáveis pela comunicação com a imprensa), foi adotado o procedimento padrão, incluindo o isolamento da área.
O quarteirão acabou interditado em quatro pontos. Como lembra o oficial, a ideia é dar segurança para a população, evitando que as pessoas circulem em áreas com situação de risco.