Muro cai, terra é levada pela chuva e casas correm o risco de desabar
Francisca Antônia de Souza Leandro tem 86 anos. A casa em que ela mora, no Jardim Maravilha, em Paranavaí, sempre foi um lugar tranquilo. Por isso mesmo, a aposentada está lá faz mais ou menos 10 anos. Mas o sossego de antes acabou. É que no dia 2 de outubro deste ano, parte do muro que cercava o imóvel caiu.
Agora, ela teme pela própria segurança e convive com o risco de desabamento da casa. “É horrível, me sinto muito mal. Minha vontade é sumir e não voltar mais. A cada dia que passa, fico com mais medo”, disse a mulher em tom de desabafo. “Até agora, ninguém fez nada”.
Tudo começou quando uma empresa contratada pela Prefeitura de Paranavaí assumiu as obras de asfalto na Rua André Juliato. Concluída a pavimentação, começaram os preparativos para a construção de calçadas, o que requeria a retirada de terra de perto dos muros, o que foi feito.
De acordo com o filho de dona Francisca, Luiz Carlos Leandro, foi aí que surgiu o problema, já que a quantidade de terra retirada do entorno da residência foi muito grande. Isso teria comprometido o alicerce do muro, provocando a queda.
A situação se complicou com as chuvas das últimas semanas, porque a força da água continuou arrastando a terra do quintal para a rua. Sem condições de erguer outro muro, a família convive com o medo de que, em pouco tempo, a estrutura da casa seja atingida.
O buraco provocado pela enxurrada já está bem perto da varanda da casa de dona Francisca. No fundo do quintal, onde o filho dela mora, a situação também é preocupante, principalmente porque não existe varanda, ou seja, o buraco já está se aproximando da casa.
Luiz Carlos Leandro garantiu que já entrou em contato com a Administração Municipal, com a empresa responsável pela obra de pavimentação asfáltica, com o Ministério Público, com a Câmara de Vereadores e com o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso. Mesmo assim, até a tarde de ontem nenhuma providência tinha sido tomada.
Na opinião dele, se apenas o alicerce do muro fosse feito, parte do problema seria resolvida. Afinal, a obra evitaria a perda de terra, o que interromperia o risco de as duas casas desabarem. “Depois, a gente dá um jeito de erguer o resto do muro de novo”, disse o filho de dona Francisca.
Ele passa por um tratamento de saúde e não tem condições físicas para tocar a obra. E ainda que fosse possível, Luiz Carlos Leandro e a mãe não têm recursos suficientes para comprar os materiais de construção necessários para fazer o muro. Eles estão de mãos atadas, enquanto esperam por respostas.
O laudo técnico apresentado pelo engenheiro Fábio Yoneyama, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, aponta que o muro sofreu descalçamento porque perdeu apoio do lado de fora. A situação de instabilidade, a chuvarada e os ventos fortes ocasionaram a queda. Uma notificação teria sido enviada à empresa responsável pelas obras.
Na empreiteira, a informação é de que não houve erro na execução dos serviços, portanto, a empresa não seria responsável pela queda. O problema estaria na deficiência do alicerce que, à retirada de terra para fazer a calçada, não foi capaz de sustentar o peso do muro.
Agora, ela teme pela própria segurança e convive com o risco de desabamento da casa. “É horrível, me sinto muito mal. Minha vontade é sumir e não voltar mais. A cada dia que passa, fico com mais medo”, disse a mulher em tom de desabafo. “Até agora, ninguém fez nada”.
Tudo começou quando uma empresa contratada pela Prefeitura de Paranavaí assumiu as obras de asfalto na Rua André Juliato. Concluída a pavimentação, começaram os preparativos para a construção de calçadas, o que requeria a retirada de terra de perto dos muros, o que foi feito.
De acordo com o filho de dona Francisca, Luiz Carlos Leandro, foi aí que surgiu o problema, já que a quantidade de terra retirada do entorno da residência foi muito grande. Isso teria comprometido o alicerce do muro, provocando a queda.
A situação se complicou com as chuvas das últimas semanas, porque a força da água continuou arrastando a terra do quintal para a rua. Sem condições de erguer outro muro, a família convive com o medo de que, em pouco tempo, a estrutura da casa seja atingida.
O buraco provocado pela enxurrada já está bem perto da varanda da casa de dona Francisca. No fundo do quintal, onde o filho dela mora, a situação também é preocupante, principalmente porque não existe varanda, ou seja, o buraco já está se aproximando da casa.
Luiz Carlos Leandro garantiu que já entrou em contato com a Administração Municipal, com a empresa responsável pela obra de pavimentação asfáltica, com o Ministério Público, com a Câmara de Vereadores e com o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso. Mesmo assim, até a tarde de ontem nenhuma providência tinha sido tomada.
Na opinião dele, se apenas o alicerce do muro fosse feito, parte do problema seria resolvida. Afinal, a obra evitaria a perda de terra, o que interromperia o risco de as duas casas desabarem. “Depois, a gente dá um jeito de erguer o resto do muro de novo”, disse o filho de dona Francisca.
Ele passa por um tratamento de saúde e não tem condições físicas para tocar a obra. E ainda que fosse possível, Luiz Carlos Leandro e a mãe não têm recursos suficientes para comprar os materiais de construção necessários para fazer o muro. Eles estão de mãos atadas, enquanto esperam por respostas.
O laudo técnico apresentado pelo engenheiro Fábio Yoneyama, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, aponta que o muro sofreu descalçamento porque perdeu apoio do lado de fora. A situação de instabilidade, a chuvarada e os ventos fortes ocasionaram a queda. Uma notificação teria sido enviada à empresa responsável pelas obras.
Na empreiteira, a informação é de que não houve erro na execução dos serviços, portanto, a empresa não seria responsável pela queda. O problema estaria na deficiência do alicerce que, à retirada de terra para fazer a calçada, não foi capaz de sustentar o peso do muro.