Professores irão apresentar uma contraproposta nesta segunda-feira

Professores da rede municipal de Educação de Planaltina do Paraná, em greve há 22 dias devem apresentar uma contraproposta à prefeitura na próxima segunda-feira. “Caso a nossa proposta seja aceita voltamos a trabalhar em estado de greve, se não for aceita continuamos em greve”, disse a professora Ivonete dos Santos.

A Prefeitura havia apresentado uma proposta no fim da tarde da última quarta-feira (09), que dizia que se o município alcançasse o índice de endividamento com a folha de pagamento atingindo 51,30% até o mês de fevereiro, ou antes da data, o pagamento retroativo do piso da categoria de janeiro de 2015 será negociado com os professores.
Proposta que não agradou a categoria, que quer uma posição mais concreta do município. “Se eles já tivessem assinado o termo de compromisso que previa o pagamento do piso a greve já teria acabado”, disse outra professora em greve.
Já a administração municipal não pretende assumir compromissos com a classe. “Fechamos o ano de 2014 com limite prudencial estourado com 56% do orçamento comprometido com a folha de pagamento,” enfatizou o chefe de gabinete Fagner Maggioni Teixeira, que disse ainda que em 2015 a administração municipal tomou uma série de iniciativa para baixar o índice da folha. “Cortamos cargos comissionados, horas extras, entre outras medidas de economia, com isso conseguimos baixar o índice para 52,72%”.
Mesmo com a queda no índice da folha, de acordo com o chefe de gabinete o município ainda está impossibilitado de se comprometer a reajustar o salário dos professores. “Só podemos assumir um compromisso quando o índice alcançar os 50,30%, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, se fizermos sem o índice responderemos na justiça por improbidade administrativa”, disse o gestor.
A contra proposta dos professores que deve ser apresentada na próxima segunda-feira (14), está sendo elaborada pelos professores em conjunto com a APP/Sindicato, que deve apresentar estudo que aponta que o município teria condições de pagar o piso nacional dos professores de R$ 1.917,78 para 40 horas de trabalho semanais.
Os professores alegam que caso fosse pago neste mês (dezembro) o piso nacional do professor, o impacto na folha de pagamento do município seria de aproximadamente R$ 220 mil, o que corresponde menos de 2% no índice de endividamento com a folha.
Enquanto permanece o impasse cerca de 500 alunos da educação infantil e ensino fundamental estão sem aulas e devem fechar o ano em casa. “Os alunos não irão perder conteúdo, vamos repor essas aulas em 2016”, disse outra professora em greve. Caso a contraproposta que está sendo elaborada seja aprovada os professores voltam a trabalhar em estado de greve.